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Por que fracassar no primeiro negócio não é o fim do mundo

Não conheço nenhum empreendedor de sucesso que não tenha tido uma boa dose de persistência, diz professora

Homem pensando com a mão na cabeça (Getty Images)

Homem pensando com a mão na cabeça (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 11h24.

Por que fracassar no primeiro negócio não é o fim

Respondido por Cynthia Serva, especialista em empreendedorismo

Uma das características mais marcantes (e importantes!) de um empreendedor talvez seja a persistência. Persistência significa firmeza em seguir um sonho, um objetivo, apesar de todos os obstáculos que irão surgir, inclusive os fracassos iniciais.

Peter Drucker, um dos “papas” da gestão, dizia que empreendedorismo não é ciência nem arte, mas sim, prática. É a prática que leva ao estado mais próximo da perfeição.

Não conheço nenhum empreendedor de sucesso que não tenha tido uma boa dose de persistência e de perseverança para levar seu projeto adiante, mesmo com os fracassos iniciais. Foram justamente os fracassos que mostraram onde e porque estavam errando, e como poderiam melhorar na próxima tentativa.

Infelizmente, vivemos em uma cultura muito pouco tolerante ao fracasso, diferente, por exemplo, da cultura americana, onde o fracasso empresarial é valorizado, porque sinaliza que o outro se movimentou, arriscou, persistiu.

Existe uma linha muito tênue que separa uma pessoa persistente de uma insistente. Apesar dos dois tipos acreditarem firmemente em seus propósitos, a diferença está em como elas agem.

O insistente geralmente repete um mesmo modelo de se tentar fazer o que ele acredita que seja certo. Já o persistente fica atento aos sinais que podem surgir de que talvez seja melhor fazer de outra forma, tentar outro caminho. Fique atento para perceber quando a estratégia adotada na fase do planejamento não está dando certo. Mesmo que isso signifique começar de novo, de forma diferente.

Mesmo com um bom planejamento as coisas podem não acontecer exatamente como o previsto, e é aí que a autoconfiança e a persistência devem entrar. A maioria dos grandes empreendedores não acertou de primeira, mas eles acreditavam em si mesmos e também em seus sonhos. E aqui vale um ditado que diz que os homens tornam-se grandes marinheiros quando navegam em águas turbulentas e não em mares calmos. 

Cynthia Serva é coordenadora e professora do Centro de Empreendedorismo do Insper.

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