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PMEs estão bem próximas de recuperar os empregos perdidos na pandemia

Em outubro, as micro e pequenas empresas tiveram um saldo positivo de 271.000 postos de trabalho e reduziram o saldo negativo acumulado para 26.000 vagas

Pequenas empresas: nos piores meses da crise, os pequenos negócios foram os que mais demitiram, chegando a fechar pouco mais de 1 milhão de vagas (Germano Lüders/Exame)

Pequenas empresas: nos piores meses da crise, os pequenos negócios foram os que mais demitiram, chegando a fechar pouco mais de 1 milhão de vagas (Germano Lüders/Exame)

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Carolina Ingizza

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 19h05.

Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 22h15.

As micro e pequenas empresas (MPE) estão bem próximo de recuperar todos os empregos perdidos durante a pandemia do coronavírus. No último mês de outubro, essas empresas geraram um saldo líquido de 271 mil postos de trabalho (68,6% do total de empregos gerados no país). Com isso, no acumulado entre janeiro e outubro, o saldo de empregos apresentado pelas MPE ficou negativo em apenas 26 mil empregos (de janeiro a setembro era de 294,3 mil). Nos piores meses da crise, os pequenos negócios foram os que mais demitiram, chegando a fechar pouco mais de 1 milhão de vagas. Mas, com a reabertura da economia, as MPE foram também as que reagiram mais rapidamente na retomada do emprego.

Um levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados do Ministério da Economia, mostrou que as médias e grandes empresas ainda apresentavam, em outubro, um saldo negativo acumulado de pouco mais de 215 mil vagas (oito vezes maior que o resultado das MPE). Ainda segundo o Sebrae, em outubro, as médias e grandes empresas geraram um saldo positivo 123 mil postos de trabalho; menos da metade do saldo gerado pelas micro e pequenas.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, mais uma vez se confirma a importância das micro e pequenas empresas para a economia brasileira. “A enorme capacidade de resiliência e de recuperação dos pequenos negócios mostra o quanto foram acertadas as políticas públicas do governo que reduziram a burocracia e melhoraram o acesso a crédito, por parte das MPE”, comenta Melles. Ele defende que, com a continuidade dessas políticas, os pequenos negócios serão capazes de acelerar a retomada da economia e superação das adversidades impostas pela crise causada pela pandemia.

Para isso, defende o presidente do Sebrae, é importante continuar assegurando o acesso desses empreendedores aos empréstimos necessários para manter o capital de giro dos negócios. “Levantamentos do Sebrae mostram que, no início da pandemia, apenas 11% das empresas que solicitavam crédito tinham sucesso. Em outubro, esse resultado havia crescido para 31%, graças principalmente ao Pronampe. Por isso a perenização desse instrumento é tão fundamental”, argumenta Melles.

Confira os números do levantamento

  • As MPE geraram (em outubro) um saldo líquido de 270.913 empregos. Já as médias e grandes geraram um saldo de 123.100 vagas.
  • No acumulado entre janeiro e outubro, as micro e pequenas empresas apresentam um saldo negativo de 26.098 vagas. Já as médias e grandes ainda acumulam um saldo negativo de 215.291. No geral, o país apresenta um saldo acumulado (janeiro a outubro) de -171.139 vagas

Os setores que apresentaram os melhores resultados em outubro:

Comércio

  • Micro e pequenas empresas: 93.643 vagas
  • Médias e grandes: 18.676 vagas

Serviços

  • Micro e pequenas empresas: 92.004 empregos
  • Médias e grandes: 67.387

Indústria

  • Micro e pequenas empresas: 57.373 empregos
  • Médias e grandes: 27.501

Os estados que mais se destacaram em outubro com saldo positivo de vagas (saldo por 1 mil empregados):

  • Roraima: 22,11
  • Amazonas: 20,98
  • Maranhão: 19,75
  • Ceará: 19,66
  • Santa Catarina: 19,11
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