Funcionários da Vérios: nova captação será usada para três objetivos (Vérios/Divulgação)
Mariana Fonseca
Publicado em 20 de março de 2018 às 11h00.
Última atualização em 20 de março de 2018 às 11h00.
São Paulo - A Vérios, startup de gestão de investimentos pessoais, acaba de receber um aporte de 5,2 milhões de reais. A captação série A foi liderada pelo fundo e.Bricks Ventures, que já investiu um negócios como Contabilizei e GuiaBolso, e acompanhada pela aceleradora Startup Farm e por antigos investidores-anjo da Vérios.
O negócio já havia feito duas rodadas de investimento-anjo em 2013 e 2016, cada uma no valor de 2 milhões de reais. Atualmente, a Vérios possui 200 milhões de reais sob gestão em um time enxuto, de dez funcionários.
O novo dinheiro será usado para três objetivos: primeiro, para investimento na estrutura interna da plataforma, melhorando a maneira como a Vérios capta e gerencia as informações de seus consumidores e do mercado.
Depois, haverá o investimento na estrutura externa da plataforma, melhorando a experiência do usuário ao acompanhar sua carteira.
Por fim, a Vérios irá aumentar a aquisição de clientes por meio de melhores consultorias iniciais. “Queremos ser mais inteligentes na hora de entender o perfil do cliente e de fazê-lo entender o que esperar ou não do nosso serviço e quais serão os próximos passos”, afirma Sotto-Maior.
Além do benefício financeiro, o presidente da Vérios destaca o fato de que o e.Bricks Ventures foi criado pelas famílias Sirotsky e Szajman, donas respectivamente dos grupos econômicos RBS (no mercado de mídia) e VR (em mercados de vale-refeição e imobiliário).
“Eles têm muita experiência com empresas no nosso mercado. Somos um time de dez pessoas hoje, fazendo um trabalho gigantesco. Teremos desafios novos com nossa expansão, e eles podem nos ajudar tanto com gestão quanto com abertura ao mercado, promovendo acesso a investidores e especialistas do nosso setor.”
A Vérios, criada em 2016, tem a proposta de ajudar pessoas a aplicarem melhor seu dinheiro por meio de robôs de investimento. O negócio é uma gestora de investimentos, e não uma corretora.
O consumidor precisa abrir uma conta na corretora Rico e a Vérios fica responsável apenas por achar a melhor forma de gerir o dinheiro aplicado. A startup possui cinco perfis de risco, traduzidos em carteiras administradas individualmente por algoritmos e tecnologias próprios.
O investimento mínimo necessário vai de 5 mil reais (com convite) para 12 mil reais (sem convite). O ticket médio é de 40 a 60 mil reais por carteira.
Como forma de monetização, a startup cobra uma taxa de administração de 0,95% ao ano sobre o valor total aplicado. Tirando custos financeiros e operacionais dos investimentos, a startup fica com cerca de 0,4 a 0,65% para se sustentar.
Hoje, a Vérios possui 200 milhões de reais sob gestão. O negócio não divulga suas metas financeiras para 2018, mas afirma que irá contratar mais “três ou quatro funcionários” e pretende manter-se no espaço de coworking Habitat, do Bradesco. “É uma solução que funciona bem para nós, onde podemos expandir nossos espaços de maneira flexível”, diz Sotto-Maior.