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Esta pizza foi feita por um robô do Vale do Silício; assista

A startup Zume quer fazer pizzas com processos menos custosos, para focar mais na qualidade dos ingredientes. O negócio já está fazendo sucesso.


	Pizza feita pela Zume: o negócio consegue produzir até 300 pizzas por hora
 (Reprodução/Facebook/Zume)

Pizza feita pela Zume: o negócio consegue produzir até 300 pizzas por hora (Reprodução/Facebook/Zume)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 15h34.

São Paulo – As pizzarias costumam ser consideradas um empreendimento tradicional – isso, claro, se você não está no Vale do Silício. Uma startup chamada Zume combinou gastronomia e tecnologia para produzir pizzas com rapidez e ingredientes de alta qualidade.

Como? Tendo uma equipe que mistura humanos e robôs. Quando você recebe uma pizza da startup de delivery, está recebendo um alimento que passou por processos feitos tanto por funcionários comuns quanto por máquinas.

“O importante é entregarmos comida de alta qualidade, com preço baixo e conveniência. Então, decidimos usar essa automação extremamente inteligente, de nova geração, para integrar máquinas flexíveis em nossos processos”, explica Julia Collins, co-fundadora do negócio, à revista Fortune.

O que foi poupado com a substituição tecnológica é revertido para conseguir ingredientes de melhor qualidade. A inovação também contribuiu para a rapidez do processo: a Zume tem capacidade para produzir quase 300 pizzas por hora, e tem como meta um tempo de entrega de 15 minutos.

O negócio começou a ser desenvolvido em junho de 2015, quando o empreendedor Alex Garden recrutou engenheiros para trabalharem em uma garagem em Mountain View, na Califórnia (EUA), enquanto firmava parcerias para desenvolver toda a tecnologia que seria usada na pizzaria.

Garden, que é ex-presidente do conhecido estúdio de games Zynga, chamou a veterana em restaurantes Julia Collins para entrar na Zume como co-fundadora. Hoje, os dois comandam o negócio.

Em abril deste ano, a primeira pizza feita por robôs foi entregue – sem que o consumidor soubesse que era uma pizza feita também por robôs.

Hoje, a Zume trabalha com cerca de 20 sabores e cada pizza custa entre 14 e 19 dólares (na cotação atual, entre 45 e 60 reais). Até 2018, a Zume quer entregar para toda a baía de São Francisco.

Como funciona?

A fábrica da Zume está a poucos minutos da sede do Google. Além dos 30 funcionários humanos, entre times de engenharia e de cozinha, cada robô que participa da produção da pizza recebe nomes comuns, como Pepe, John, Marta e Bruno, explica a CNN.

Um funcionário da startup faz o disco de massa. Pepe e John colocam o molho em cima da pizza, enquanto Marta é responsável por passar esse molho de tomate pelo disco. Depois, mais funcionários acrescentam o queijo e as coberturas na futura pizza. Então, Bruno a coloca no forno.

O processo de entrega da Zume também ganhou recentemente uma inovação: agora, as pizzas podem ser entregues por um caminhão que possui mais de 50 fornos integrados. Em pedidos menores, elas podem ser entregues por carros customizados da marca italiana Fiat.

A ideia é que o produto asse parcialmente no trajeto até o cliente, que recebe sua pizza mais quente e com rapidez.

O novo processo funciona desta forma: na cozinha da Zume, a pizza é assada por um minuto e meio. Ela é logo colocada em um dos fornos do caminhão de entrega, por meio de um dos dois funcionários que fazem entregas (o outro é o motorista).

Quando o caminhão estiver a quatro minutos do destino, o forno correspondente ligará automaticamente e a pizza será finalmente assada: são três minutos e meio para a produção e os 30 segundos finais são para a pizza descansar.

O mesmo funcionário que carregou as pizzas é responsável por tirá-la no local de entrega, usar uma máquina para cortá-la em oito pedaços e colocá-la em uma caixa de entrega sustentável, feita de fibras de cana-de-açúcar.

E os empregos?

Mas o que os atuais funcionários humanos da startup podem esperar quanto aos seus empregos, em um ambiente em que cada vez mais colegas de trabalho são robotizados?

Ao Business Insider, Collins assegura que nenhum trabalhador corre o risco de perder seu emprego na Zume para um robô, que são usados apenas para processos que humanos não possuem bom desempenho.

A ideia é ter toda a automatização até março de 2017. Quando isso acontecer, a startup informa que incentivará chefs que queiram assumir diferentes posições na companhia, como suporte técnico, engenharia ou web design. Os funcionários também poderão receber subsídios para cursos de design gráfico e de inglês como segunda língua.

Confira um roteiro de como é a produção da Zume, feito pelo site Techcrunch (em inglês):

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=uFSdxwRVh8A%5D

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