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Pesquisa revela bom momento das PMEs em MS

Em Mato Grosso do Sul, houve um crescimento de 163% no número de micro e pequenas empresas

Levantamento do Sebrae aponta que os salários aumentaram (Fund. Tur. Mato Grosso do Sul/Divulgação)

Levantamento do Sebrae aponta que os salários aumentaram (Fund. Tur. Mato Grosso do Sul/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 07h39.

Campo Grande - Na última década, O Brasil registrou um aumento de 1,9 milhão na quantidade de micro e pequenas empresas (MPE). Na metade desse período, em cinco anos, o número desses empreendimentos passou de 26.573 para 69.945 em Mato Grosso do Sul, um crescimento de 163%. Os dados fazem parte de uma pesquisa recente divulgada pelo Sebrae em Mato Grosso do Sul, que entrevistou 210 donos de MPE em seis municípios.

No mês de janeiro, os empreendedores de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Corumbá, Coxim e Três Lagoas responderam a questões relativas ao desempenho em 2011 e as expectativas para este ano em relação a faturamento, preços, empregos, salários e investimentos.

O levantamento do Sebrae aponta que os salários aumentaram. Mato Grosso do Sul revela números acima da média nacional nos últimos dez anos: o pagamento aos funcionários dessas empresas cresceu 32,6% no estado, contra 14,4% no país no mesmo período. O relatório também revela que, se comparadas aos empreendimentos de grande porte, as MPE registraram avanço significativo. No país, ainda com relação à última década, grandes corporações tiveram acréscimo nos salários de 4,4%, ou seja, 10% a menos do que negócios de pequeno porte.

Segundo o diretor superintendente do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Cláudio Mendonça, a lei da oferta e procura regula os preços do mercado e também da mão de obra. “Com o aquecimento do mercado, a mão de obra tende a ser um produto muito procurado, o que faz com que os salários aumentem. Além disso, a exigência de especialização por parte das indústrias também força o salário a subir”, declara.


Outro dado importante é que 70% dos empresários entrevistados também esperam um maior faturamento em 2012. O empreendedor Alex Furtado é um exemplo disso. Segundo ele, a empresa faturou 30% a mais em 2011 do que em 2010. “As perspectivas para 2012 são positivas. Acredito que a empresa fature 40% a mais do que o ano passado”. O otimismo, segundo ele, vem do amadurecimento do empreendedor. “As grandes empresas estão engessadas e as micro e pequenas têm crescido cada vez mais, apostando em novos métodos de trabalho”, declara.

Já a proprietária de um restaurante na capital, Ramona Duarte, acredita que um maior investimento este ano vai gerar mais lucro para a empresa. Há alguns meses, ela parou de pagar aluguel e mudou-se para uma sede própria. A expectativa é que o dinheiro utilizado para alugar o espaço antigo seja destinado a outras funções. “Quero vender alguns produtos no restaurante e, com isso, aumentar o faturamento.”

Economia aquecida

Apesar da crise fora do país, Mendonça aposta no aquecimento da economia brasileira, com o crescimento do consumo interno. “Estamos acima da média mundial, o que representa um cenário positivo. Temos boas perspectivas com a implantação de grandes indústrias em nosso estado. O aumento do fluxo de capital na região gera um ciclo virtuoso para o desenvolvimento local, fomentando o crescimento e a formalização de novos negócios no setor de comércio, serviços e produção de alimentos”.

A pesquisa também mostrou que houve avanço na geração de empregos. Do ano passado para 2012, a expectativa de aumento no quadro de funcionários nas MPE cresceu 5% entre os empresários, chegando a 40%.

Quanto aos setores, o documento descreve que, em Mato Grosso do Sul, o comércio corresponde a 41% das MPE, seguido por serviços, com 31% e a agropecuária, 18%. A maioria dessas empresas, 18%, tem até dois funcionários. Grande parte dos empresas pesquisadas, 32%, está consolidada no mercado, ou seja, têm entre 10 e 20 anos de funcionamento. Os empreendimentos que têm entre 5 e 10 anos somam 20% do total, seguidos dos mais recentes, com 19%, que abriram nos últimos cinco anos.

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