São Paulo – As micro e pequenas empresas (MPE) paulistas fecharam o primeiro semestre de 2012 com uma receita de R$ 244,4 bilhões, um aumento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa R$ 17,4 bilhões a mais no caixa dos estabelecimentos. Os dados são da pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae em São Paulo, feita com apoio da Fundação Seade, que realizou o estudo com cerca de 2,7 mil empreendimentos.

Na interpretação do superintendente do Sebrae em São Paulo, Bruno Caetano, a explicação para o resultado positivo dos pequenos negócios no estado está na atual situação do emprego. “O mercado de trabalho vem tendo bom desempenho, com a ocupação e o rendimento dos brasileiros em evolução positiva, o que tem favorecido as vendas das MPE, particularmente nos setores de serviços e comércio”, afirma.

A comparação isolada entre junho deste ano e o mesmo mês do ano passado também mostra melhora nos resultados dos pequenos negócios do estado. O desempenho do segmento paulista foi 1,8% maior no sexto mês de 2012, com R$ 701 milhões de faturamento. Todos os setores tiveram performance positiva no comparativo: indústria (+ 2,8%), serviços (+2,1%) e comércio (+1,3%).

O segmento contabilizou números positivos em junho, mas inferiores aos registrados nos meses anteriores, sempre confrontados com o mesmo período de 2011: março (+9,9%), abril (+10,3 %) e maio (+10,3%). Os municípios do interior puxaram para cima o resultado da pesquisa, com aumento de 9% no faturamento das MPE. O Grande ABC também teve boa atuação (1,9%). No entanto, a capital e a região metropolitana tiveram recuo de 5,5% e 4,5%, respectivamente.

Na comparação entre junho e maio deste ano, a receita dos micro e pequenos negócios caiu 8,2% no estado. Em maio, as MPE costumam ser beneficiadas pelas vendas do Dia das Mães. Além disso, junho teve dois dias úteis a menos que o mês anterior. Em relação à expectativa dos proprietários de MPE para os próximos seis meses, 54% deles esperam manutenção no faturamento da empresa e 53% aguardam que o nível de atividade econômica atual seja mantido.