Pedreiros trabalhando em obra de prédio (Germano Luders)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2011 às 16h42.
São Paulo - As pequenas empresas da construção civil, com 48,4 pontos, foram as que mais desaceleraram em abril, aponta a Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta quinta-feira (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As médias também desaceleraram, com 49,7 pontos, enquanto só as empresas de grande porte elevaram o ritmo de atividade, com 52,4 pontos, um ponto a mais sobre março.
O indicador varia de zero a 100 e valores acima de 50 indicam crescimento da atividade e expectativa positiva. O levantamento diz que o nível de atividade efetivo de todo o setor em abril registrou 48,3 pontos, contra 49,5 pontos no mês anterior.
O número de empregados no setor, contudo, foi praticamente igual a março - 49,9 pontos contra 50,4. Nota da CNI divulgada atribui boa parte da queda no ritmo do setor à contenção dos gastos públicos federais e, no caso dos governos estaduais, à redução da execução ou mesmo paralisação de vários empreendimentos, para reavaliação, onde houve sucessão de governadores.
Segundo a entidade, o aumento da inflação e dos juros e as dificuldades de crédito também têm contribuído para algum arrefecimento da demanda. Por setores, o de serviços especializados registrou em abril o maior nível de recuo na atividade, com 47 pontos.
A construção de edifícios assinalou 48,7 pontos e o segmento de obras de infraestrutura ficou em 48,1 pontos – todos, portanto, abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
Em seis meses
Os empresários do setor estão menos otimistas em maio comparativamente a abril. Suas expectativas sobre o nível de atividade caíram de 60,8 para 59,7 pontos de um mês para o outro.
Segundo o estudo, a previsão para novos empreendimentos e serviços atingiu 59 pontos (foi de 61,1 pontos em abril) e assinalou 58,3 pontos nas compras de insumos e matérias-primas (contra 59,6 pontos em abril). Com 58,2 pontos, os empresários esperam empregar mais daqui a seis meses, embora o indicador da quantidade de empregados tenha sido de 60,2 pontos em abril.
Inflação
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) subiu 2,03% em maio, o dobro do resultado de abril. De janeiro até agora, o índice acumula alta de 4,04%. Os materiais de construção aumentaram 0,45%, e os preços de mão de obra subiram 3,70%.