Barruada, vendedor de Recife: doações de clientes por causa da crise do coronavírus (@cachorroquentedobarruada/Reprodução)
Carolina Riveira
Publicado em 21 de maio de 2020 às 10h35.
Última atualização em 21 de maio de 2020 às 12h26.
O relato de um vendedor ambulante de Recife, com a renda impactada pela crise do coronavírus, circula nas redes sociais nesta semana após um pedido inusitado: que as pessoas parassem de fazer doações a ele.
Barruada, como se apresenta, vende cachorro-quente na capital pernambucana desde 1975, segundo seu perfil no Instagram. O vendedor postou um vídeo nesta semana agradecendo por doações que recebeu mas pedindo que seus clientes e simpatizante parassem de doar a ele, porque já havia recebido quantia suficiente.
"Ô, meus filhos, aqui é Barruada, que pediu ajuda a vocês. A gente estava olhando a conta aqui que vocês fizeram, os depósitos, as coisas. E a gente estava pensando de parar, vamos parar, por favor", disse, sobre as doações. "A ajuda que vocês me arrumaram já dá para vencer a batalha", disse.
O vídeo ganhou notoriedade nas redes sociais ao ser mencionado em matérias do Jornal do Commercio e do Diário de Pernambuco. Segundo as publicações locais, o nome verdadeiro de Barruada é Joaquim Antônio. O vendedor trabalha nos arredores do Colégio Salesiano Recife, que fica na área central da capital pernambucana e oferece aulas do ensino infantil ao ensino médio.
Barruada tem 403 seguidores no Instagram e descreve seu negócio como "Cachorro-quente do Barruada, o melhor da cidade desde 1975". "Se precisar a gente pede a vocês de novo, mas, por enquanto, vamos parar. Muito obrigada mesmo pela ajuda. Vocês me ajudaram muito", completou no vídeo.