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Paralisação por chuvas pode custar R$ 21 mil ao dia a pequenas e médias

Estudo da Symantec mostra que metade das PMEs entrevistadas não tem um plano de recuperação de desastres

Desastres naturais, como as chuvas que castigam o Rio de Janeiro, podem causar prejuízo de R$ 21 mil ao dia a PMEs (Valter Campanato/ABr)

Desastres naturais, como as chuvas que castigam o Rio de Janeiro, podem causar prejuízo de R$ 21 mil ao dia a PMEs (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2011 às 16h18.

São Paulo - O prejuízo de uma pequena ou média empresa com a paralisação dos negócios em função de desastres como as chuvas que vêm castigando a região serrana do Rio de Janeiro pode ultrapassar 21 mil reais ao dia, segundo um estudo da fornecedora de tecnologia  Symantec.

A pesquisa, que ouviu 1.840 entrevistados de 23 países em diferentes regiões, incluindo América Latina, estima que o prejuízo médio de uma pequena ou média empresa ao paralisar suas atividades por um dia em função de desastres é de 12,5 mil dólares.

De acordo com Paulo Prado, gerente de marketing de produto da Symantec para América Latina, os principais problemas decorrentes da paralisação são a perda de produtividade e a falta de acesso a informações que permitam a conclusão de negócios. “A falta de acesso ao sistema de e-mails, que é por onde  passam as informações que movem a empresa, e o controle de pedidos, normalmente associado ao ERP, são os dois principais gargalos”, destaca o executivo. “Mas a perda de reputação também é uma conseqüência grave”, acrescenta.

Mais da metade dos clientes de PMEs entrevistados no estudo afirmaram ter migrado para a concorrência porque os sistemas de seus fornecedores não eram confiáveis. Além disso, 44% dos clientes de PMEs entrevistados afirmaram que seus fornecedores já ficaram inativos temporariamente devido a desastres.

O prejuízo causado pela paralisação das atividades não se limita aos fornecedores – seus clientes também podem sofrer perdas financeiras em função dos desastres. Segundo o estudo da Symantec, o prejuízo médio é de 10 mil dólares ao dia. Isso sem mencionar os custos imateriais: 29% por cento dos clientes das PMEs perderam "alguns" ou "muitos" dados importantes, como resultado do desastre que atingiu seus fornecedores de pequeno ou médio porte.

Prevenir ou remediar?

Apesar de todos os custos associados à potencial paralisação das atividades da empresa por desastres, poucos pequenos e médios se preparam para este cenário. Segundo a pesquisa, metade dos entrevistados não tem um plano de recuperação de desastres – 40% sequer pensaram em elaborar um plano e 40% afirmaram que a preparação para atuar em desastres não é uma prioridade, embora 60% das empresas entrevistadas estejam estabelecidas em regiões suscetíveis às catástrofes naturais.

Segundo o estudo, nos últimos 12 meses, uma empresa típica de pequeno e médio porte sofreu uma média de seis paralisações, causadas principalmente por ataques cibernéticos, quedas de energia ou catástrofes naturais. Mesmo assim, menos de metade delas faz backup dos dados semanalmente e apenas 23% faz backup diariamente. Entre as empresas ouvidas no estudo, 44% afirmaram que perderiam pelo menos 40% dos seus dados no caso de um desastre.

De acordo com Prado, o principal conselho par as pequenas e médias é ter sempre um plano de contingência, mesmo que a ameaça não pareça iminente. “É importante ter backups automatizados, que possam se feitos de maneira programada”, destaca. De acordo com o executivo, soluções de backup automático para pequenas e médias empresas podem custar a parti de 5 mil reais em licenças, mais os custos de serviços de implementação.

Uma alternativa que deve se tornar cada vez mais comum, segundo o especialista, é incluir uma etapa de armazenamento dos dados na nuvem no processo de backup, garantindo que os dados possam ser acessados remotamente caso os equipamentos localizados na sede da empresa sejam danificados por desastres naturais.

Além de criar um plano de contingência, as empresas devem testá-lo e revê-lo constantemente para evitar surpresas desagradáveis, segundo a fornecedora.

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