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Os segredos que a rede Hirota trouxe do Japão para crescer no Brasil

Com o formato de conveniência, a ideia é tornar a rede indispensável para pessoas sem tempo de cozinhar ou de fazer grandes compras em supermercados

Foi em sua primeira viagem ao Japão que Francisco Hirota conheceu o formato da Kombini, rede de lojas de conveniência (Germano Lüders/Exame)

Foi em sua primeira viagem ao Japão que Francisco Hirota conheceu o formato da Kombini, rede de lojas de conveniência (Germano Lüders/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 15 de fevereiro de 2020 às 08h00.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2020 às 09h00.

Apesar da origem japonesa, o imigrante Katsumi Hirota, morto em 2010, resistiu a adotar traços da cultura em sua rede de supermercados paulista, que leva seu sobrenome. Foi seu filho, Francisco, que começou a adotar modelos de negócio inspirados no país do sol nascente depois de uma viagem nos anos 2000. 

A cultura oriental, aliada a um ritmo de inovação inédito -  incluindo a produção de alimentos prontos e a busca por novas frentes de distribuição - levaram a rede Hirota a 40 unidades em São Paulo e faturamento de 500 milhões de reais em 2019, 13% acima do ano anterior.

Foi em sua primeira viagem ao Japão que Francisco Hirota conheceu o formato da Kombini, rede de lojas de conveniência que vende alimentos, produtos de necessidades básicas, ingressos de cinema e funcionam até como agências de correio. “É comum dizer que os japoneses até vivem sem governo, mas nunca sem Kombini”, diz o empresário, segundo filho do patriarca.

Outra inspiração vem da rede japonesa Daiso, que desembarcou no Brasil em 2011 para vender itens de decoração, eletrônicos e brinquedos. Hoje, as duas redes são parceiras, com espaços da Daiso dentro da Hirota. 

O primeiro mercado do novo Hirota, o Express, foi aberto em 2016 na Avenida Paulista. Hoje, 24 das 40 unidades da rede são desse modelo, digamos, mais japonês.

Com eles, o Hirota começou a vender alimentos prontos, preparados diariamente. O objetivo é oferecer opções baratas e rápidas. Algumas lojas têm lanchonete, micro-ondas e mesas. Temakis, sushis e outros pratos japoneses respondem por um terço da comida vendida — o restante inclui até coxinha e feijoada. 

Com o formato de conveniência, a ideia é tornar a rede indispensável para pessoas sem tempo de cozinhar ou de fazer grandes compras em supermercados. “Trabalhamos para oferecer os alimentos do futuro”, diz Francisco Hirota.

O empresário diz que, embora a inspiração seja japonesa, o ritmo de inovação é brasileiro. “Os japoneses querem ter muita certeza do sucesso antes de lançar uma novidade. Isso não funciona por aqui”, disse em entrevista à EXAME.

A reportagem completa sobre a ambição oriental do Hirota está na edição 1203 de EXAME.

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