Frederico Tonietto, Isaac Paes e Fernando Ribeiro, da Styme e OiMenu: empresas se uniram para agilizar digitalização de restaurantes (OiMenu/Divulgação)
A crença de que o setor de alimentação precisará ainda mais de tecnologia após a pandemia levou a startup catarinense OiMenu, startup de cardápios digitais, a anunciar a aquisição da Styme, uma de suas principais concorrentes. As duas empresas digitalizam cardápios para bares e restaurantes, mas com a Styme em seu portfólio, agora a OiMenu também passa a oferecer um sistema de gerenciamento de filas e reserva de mesas.
O interesse na Styme vem na esteira de um investimento-anjo já recebido pela empresa. Há alguns meses, a startup atraiu a investidora Camila Farani e o ator e empresário Caio Castro, que adquiriram 10% do negócio, em troca de uma injeção de capital de 300.000 reais durante o programa Shark Tank Brasil.
Fundada em 2018 por Frederico Tonietto e Luiz Fernando Leite Ribeiro, a Styme oferece um cardápio digital e uma ferramenta de gestão de fila para bares e restaurantes. Entre seus clientes estão grandes redes como Habib’s e Ragazzo, B de Burguer, Bullger e Cachaçaria Água Doce.
A exposição com o investimento também veio em boa hora. Com a pandemia, as opções de cardápio digitais, reservas e gerenciamento de filas se tornaram uma solução para clientes preocupados com o contato físico e com o distanciamento durante a ida a restaurantes em todo o país. “Tudo colaborou para que fossemos procurados pela OiMenu para unir forças com o propósito de ajudar esses estabelecimentos durante esse período incomum”, diz Frederico Tonietto, fundador da Styme.
Mesmo com a incorporação da empresa à OiMenu, os fundadores da Styme permanecem no negócio, agora como diretores de novos negócios e de operações da catarinense.
Toda essa força vem para impulsionar ainda mais a startup que já possui 500 restaurantes cadastrados em 20 estados brasileiros e movimentou cerca de 110 milhões de reais no primeiro semestre de 2021. A chegada da Styme também deve ajudar a startup a ampliar a presença nacional, chegando a 800 restaurantes em todos os estados ainda neste ano.
O novo recurso não foi a única motivação para a compra da startup rival. A aquisição é também a primeira movimentação na reserva de capital de 50 milhões de reais dedicada a novas aquisições nos próximos dois anos. Tudo isso deve levar o faturamento da OiMenu para 100 milhões de reais até 2026.
“A Styme é o ponto inicial, mas também uma confirmação de que todo o ecossistema pode se unir em prol da digitalização de restaurantes, um ponto que vai ser vital nessa retomada”, diz Luiz Fernando Ribeiro, cofundador da Styme.
O próximo passo na jornada da OiMenu vai se dar na aposta em soluções financeiras para esses estabelecimentos. “Queremos transformar a nossa empresa de cardápios digitais em uma fintech”, diz Tonietto. A proposta é reunir todo o volume transacionado com os pedidos dentro das plataformas e aprender como explorar isso em benefício dos restaurantes. No radar estão carteiras digitais e opções de pagamento pelos próprios tablets ou celulares.
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