PME

O que a Zee.Dog vai fazer com seus R$ 100 milhões? Fingir que não existem

De moda para humanos ao seu novo templo Zee.Dog, a startup segue com projetos ambiciosos e planos de expansão

Felipe Diz, Rodrigo Monteiro e Thadeu Diz, fundadores do Zee.Dog (ZeeDog/Divulgação)

Felipe Diz, Rodrigo Monteiro e Thadeu Diz, fundadores do Zee.Dog (ZeeDog/Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 3 de julho de 2020 às 17h40.

Última atualização em 29 de outubro de 2021 às 17h18.

Após o anúncio de novo aporte de 100 milhões de reais da gestora TreeCorp, a Zee.Dog segue com seus planos ambiciosos — que não envolvem o novo investimento. Embora ele certamente ajude.

“No comunicado interno explicando o que fazer com a injeção de capital, escrevemos: fingir que não existe. É uma forma de mostrar que a vida continua como sempre”, explica Thadeu Diz, cofundador da empresa junto com seu irmão Felipe Diz e Rodrigo Monteiro.

E “vida como sempre” significa crescimento acelerado e diversos projetos novos se concretizando ainda neste ano. O empreendedor explica que agora eles ganham mais fôlego para expansões em novas cidades do Brasil, na operação do aplicativo de entregas Zee.Now e para o mercado americano.

“O dinheiro ajuda na tranquilidade para dar esses passos”, disse ele. “Essa foi uma rodada que a gente demorou para levantar, pois fomos muito seletivos com os investidores que íamos colocar em casa. Nunca precisamos de dinheiro, então pudemos escolher bem e alinhar nossa visão.”

Fundada em 2012, a empresa hoje tem lojas no Rio de Janeira, Nova York, cerca de 30 franquias pelo Brasil e operação em 23 países. Com a quarentena, as vendas pelo aplicativo cresceram 85% em março comparado ao mês anterior.

Segundo Diz, o negócio tem crescido 35% comparado ao ano anterior. Na loja global, eles viram um aumento de quatro vezes nas vendas.

E o mercado de pets possui grande potencial de crescimento: apenas no Brasil, a Euromonitor projeta uma expansão anual acima de 15% até 2024 para as vendas no setor. E esse mercado é diversificado, com apenas 8% das vendas de produtos e serviços concentrados em grandes varejistas, como a Petz e a Cobasi.

Apesar das dificuldades da economia ao atravessar a pandemia, Thadeu Diz acredita que 2020 será de grande destaque para os negócios do setor de animais de estimação. No início do ano, a expectativa da Euromonitor era de uma movimentação de 40 bilhões de reais com esse mercado.

Moda humana e templo Zee.Dog

Para Diz, a empresa nasceu da vontade de experimentar coisas novas, trazendo conceito de lifestyle para o mundo dos pets. A inovação na área deu força para a marca, que encanta os donos dos bichos de tal forma que eles começaram a pedir por produtos que eles também pudessem usar.

Essa é uma das grandes novidades neste ano: a divisão de roupas. A empresa já conta com um time de estilistas e designers e a marca versão “human” será lançada em agosto.

Junto com o lançamento de sua linha de alimentos para animais, eles também vão inaugurar o templo Zee.Dog. O fundador explica que o projeto vai muito além de uma loja conceito: localizado nos Jardins, em São Paulo, o local terá um rooftop com café, andares com produtos, espaços para eventos e workshops e um parque para cachorros no subsolo.

“Queremos fazer um resumo do universo que construímos com a marca. Será um ponto de encontro, algo que percebemos que São Paulo, nosso maior mercado, tinha uma carência”, conta ele.

A previsão é que o espaço seja inagurado em novembro.

Acompanhe tudo sobre:AnimaisStartupsZee Dog

Mais de PME

ROI: o que é o indicador que mede o retorno sobre investimento nas empresas?

Qual é o significado de preço e como adicionar valor em cima de um produto?

O que é CNAE e como identificar o mais adequado para a sua empresa?

Design thinking: o que é a metodologia que coloca o usuário em primeiro lugar