Nubank: a startup foi reconhecida por ter se tornado, de forma inovadora, uma marca conhecida (Nubank/Divulgação)
Mariana Fonseca
Publicado em 29 de julho de 2016 às 14h26.
São Paulo – A proposta do Nubank já é conhecida por muitos brasileiros: a startup oferece aos consumidores um cartão de crédito sem taxas anuais e com juros abaixo da média do mercado, com controle feito por meio do smartphone. Diante dessa proposta, mais de três milhões de pessoas já pediram o cartão, que está há pouco mais de três anos no mercado.
Desta vez, porém, a empresa não foi reconhecida pelos seus serviços financeiros, e sim pelo próprio fato de ter se tornado conhecida de uma forma inovadora. Segundo um estudo global realizado pela Interbrand, em parceria com o Facebook, o Ready Set Rocket e a Bolsa de Nova Iorque (New York Stock Exchange), o Nubank é uma “Breakthrough Brand” (algo como “Marca revolucionária”).
Mas, afinal, o que isso significa? “Nós estamos celebrando uma nova espécie de pioneiros e desafiadores. É a próxima geração de marcas, que está remodelando o mercado e que contém uma característica essencial - crescimento”, diz o estudo.
“Essas marcas crescem a partir de sua própria cultura: rejeitam a burocracia, descobrem e incentivam novas ideias e aceleram a tomada de decisão para que possam chegar logo ao mercado. Marcas revolucionárias ditam o ritmo do mercado – e de todas as outras marcas –, especialmente quando refletem também o ritmo das pessoas.”
Essa questão cultural é muito clara no caso do Nubank: assim como seu serviço, a divulgação da empresa é desburocratizada. Seu plano de marketing é, basicamente, ter uma boa presença nas redes sociais – respondendo constantemente os elogios e as reclamações dos usuários. Inclusive, nós já mostramos anteriormente como as mídias sociais ajudam a construir sua marca e como fazer sua marca aparecer com pouco investimento.
Sem agências, lojas, quiosques ou qualquer outro ponto físico de contato com os clientes, o time da empresa envia cartas escritas à mão, poemas, fotos, dicas de viagem e até uma sanduicheira roxa. “Quando começamos, disseram que éramos loucos, que ninguém fazia isso e que não havia como trabalhar dessa forma com escala”, contou Cristina Junqueira, diretora e co-fundadora do Nubank, a EXAME.com.
Segundo o estudo, o Nubank seria impressionante em qualquer país, mas no Brasil ganha ainda mais destaque: um país com “uma das mais altas taxas de juro no mundo”. “Ao simplificar serviços financeiros e criar uma plataforma completamente digital, que reduz os custos ao consumidor, o Nubank está redefinindo sua indústria.”
Além do Nubank, outras duas empresas brasileiras fazem parte da lista da Interbrand: a do bem, recentemente comprada pela Ambev, e a Sensorbox, que faz o monitoramento de dados de energia.