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Multinacionais de alimentos fazem ação para pequenos varejistas

Com vendas relevantes por meio de comércios menores, empresas como Mondelez, Nestlé e Pepsico apoiam lojistas na reabertura

Belo Horizonte (Adão de Souza/PBH/Flickr)

Belo Horizonte (Adão de Souza/PBH/Flickr)

Belo Horizonte

Reabertura em Belo Horizonte: projeto de multinacionais vai cobrir cidades de todo o Brasil (Adão de Souza/PBH/Flickr)

Com diversas cidades brasileiras iniciando uma reabertura das atividades comerciais presenciais, multinacionais da indústria de alimentos resolveram se unir em ação para apoiar pequenos varejistas.

Intitulada “Movimento Nós”, a iniciativa deve oferecer um pacote de incentivos para cerca de 300 mil comerciantes, a partir do momento em que a retomada das atividades for liberada.

“O objetivo não é termos grande reverberação, mas ajudar o pequeno varejo”, diz Maria Claudia Souza, diretora de assuntos corporativos e governamentais da Mondelez Brasil, uma das empresas integrantes do movimento. “Existe uma parceria entre multinacionais e varejistas: um depende do outro.”

Para a Mondelez, 45% da base de clientes vêm do pequeno varejo. “É bastante significativo. Temos, por exemplo, categorias de impulso, com produtos que o consumidor seleciona na hora de passar a compra no caixa.”

Além da fabricante de bebidas e lanches ultraprocessados, participam do movimento outras sete empresas: Ambev, Aurora, BRF, Coca-Cola, Heineken, Nestlé e Pepsico. O grupo está aberto a outras companhias que queiram aderir ao movimento. “Buscamos organizações que tenham uma fatia significativa de venda voltada ao pequeno varejo, e que tenham disposição para aportar recursos e prestar contas”, diz Souza.

O apoio será oferecido a varejistas de todo o Brasil que já integrem base das empresas. Outros interessados devem contatar as multinacionais apoiadoras. Informações de contato estão no site do Movimento Nós.

O programa tem quatro frentes de apoio. Em uma abordagem de segurança e saúde dos trabalhadores, o movimento vai distribuir máscaras, álcool em gel e cartazes para reduzir os ricos de infecção pelo coronavírus.

Para auxiliar no reabastecimento de produtos, as multinacionais devem ampliar prazos de pagamento, oferecer crédito para a primeira compra, itens consignados, entre outras facilitações. Uma terceira frente segue uma linha parecida, mas para fortalecer comércios locais. Neste sentido, produtos serão selecionados para promoções especiais, e lojistas terão cashback para pedidos futuros junto aos fornecedores.

Por fim, o movimento deve oferecer treinamentos sobre como vender, onde posicionar produtos e outras técnicas de merchandising. A capacitação será feita pela equipe que distribui os alimentos, ponte entre varejistas e multinacionais.

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