Apesar do otimismo, o índice de expectativa dos empresários foi o menor em relação ao trimestre anterior e aos três primeiros meses do ano passado (Ana Maria)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 10h42.
Belo Horizonte - A maioria das micro e pequenas empresas (MPE) mineiras espera manter ou aumentar o faturamento no primeiro trimestre de 2012. Apesar do otimismo, o índice de expectativa dos empresários foi o menor em relação ao trimestre anterior e aos três primeiros meses do ano passado. Os dados estão na pesquisa de Expectativas das MPE Mineiras, realizada pelo Sebrae em Minas Gerais, com 549 empreendimentos dos setores de comércio, serviços, construção civil e indústria.
O levantamento aponta que cerca de 61,5% dos empresários estão otimistas. Ao todo, 37% dos entrevistados esperam que o faturamento cresça no somatório dos meses de janeiro, fevereiro e março. A região Norte teve o maior percentual de entrevistados que acredita no aumento nos lucros, 45%.
A maioria dos entrevistados tem expectativa de estabilidade em relação ao número de postos de trabalho; investimento em máquinas e equipamentos; capacidade de produção instalada e custos financeiros e operacionais. Os empresários manifestaram maior preocupação com os custos operacionais no primeiro trimestre deste ano, em relação ao último trimestre de 2011. Um dos fatores que pode ter influenciado nesse resultado é o aumento do salário mínimo e os impactos na folha de pagamento.
A pesquisa também questionou os empresários sobre o aumento do limite de faturamento para a adesão ao Simples Nacional. Com a mudança, podem ser incluídos na categoria empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano. A alteração começou a vigorar no dia 1º de janeiro.
A pesquisa mostrou que mais de 63% dos entrevistados ignoram a mudança. A região Oeste do estado teve o maior percentual (69%) de empresários que desconhecem o novo teto de faturamento. Dos que afirmaram conhecer a nova medida, 57% afirmaram que poderão se beneficiar com ela - ampliando o negócio (20%) e o número de postos de trabalho (17,5%).