Alberto Fernandes, proprietário da Conde de Sanduíche: lanchonete conseguiu alcançar um faturamento mensal de R$ 22 mil (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2012 às 13h52.
Brasília – A receita do sucesso da lanchonete Conde de Sanduíche, em Vitória (ES), leva o tempero da sustentabilidade. As novas atitudes do empresário Alberto Fernandes conquistaram clientes e resultaram em mais lucros. Além de conseguir economizar até 26% em energia elétrica, ele foi reconhecido no cenário empresarial capixaba. Em 2011, Alberto foi o vencedor da etapa estadual do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas – MPE Brasil, concedido pelo Sebrae.
A trajetória de Alberto no mundo dos negócios começou com a vontade de ser o próprio patrão. Há cinco anos, comprou um carrinho e foi vender churrasquinho em porta de faculdade. A atividade gerava faturamento mensal de R$ 1 mil. Um ano depois, em 2008, decidiu largar de vez o emprego de maitre no hotel para abrir a primeira loja, depois de muita pesquisa e planejamento. Contratou cinco funcionários para ajudá-lo na produção mensal de 600 sanduíches. Logo, a lanchonete virou ponto de encontro e o faturamento mensal subiu para R$ 22 mil.
No entanto, a empresa tinha potencial para crescer e lucrar ainda mais. O que pesava no bolso era a conta de luz: R$ 1,8 mil. Para reduzir os gastos com energia, que consumiam a maior parte do lucro da empresa, Alberto adotou práticas que deram certo. Trocou as lâmpadas incandescentes pelas econômicas e eliminou mais da metade dos freezers.
Com dinheiro no bolso, o empresário percebeu que ter um negócio sustentável pode fazer a diferença no fim do mês. “Com a sustentabilidade, vem a redução do desperdício e o aumento do lucro”, comemora Alberto. Quatro anos depois de abrir as portas da primeira lanchonete, Alberto já é dono de uma segunda unidade na capital. Emprega 15 pessoas nas duas lojas e tem faturamento mensal de R$ 70 mil. “É difícil dar o primeiro passo, mas quando a gente dedica dez minutos por dia para pensar em sustentabilidade, as soluções aparecem”.
O ex-maitre adotou também a coleta seletiva do lixo e começou a vender garrafas PET e latas de alumínio. A atividade com o resíduo reciclável rende, mensalmente, lucro de R$ 600. O valor equivale à conta de energia elétrica em uma das lojas. Outra ideia que deu resultado foi vender óleo de cozinha usado para uma empresa produtora de biodiesel. Cada galão é comercializado a R$ 22. Esse valor é revertido em doações para crianças com câncer em tratamento nos hospitais da região.
Depois de muita pesquisa, Alberto alterou também o fornecedor da embalagem de isopor e a escolha recaiu em uma empresa que recicla o produto. O empresário aposta ainda em outras ações em prol da preservação do meio ambiente: a conscientização dos funcionários sobre a importância do tema. “Pequenas atitudes nessa área geram grandes resultados para o planeta. As práticas sustentáveis não se esgotam”, diz. A aceitação da Conde de Sanduíche tem sido tão grande que Alberto já sonha em aderir ao sistema de franquias, com apoio do Sebrae. “É a conquista de um sonho.”