(NurPhoto/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 22 de junho de 2021 às 16h28.
Última atualização em 22 de junho de 2021 às 16h51.
Por Rodrigo Orihuela, da Bloomberg
O J.P.Morgan está iniciando uma nova unidade focada na construção de relacionamentos com startups em estágio inicial, numa tentativa de garantir presença entre empresas de tecnologia antes que elas chamem a atenção de outros bancos.
A equipe — chamada Tech Disruptors — se concentrará em startups que realizaram rodadas de financiamento de cerca de 30 milhões de euros (36 milhões de dólares) ou mais, embora empresas menores também possam ser potencialmente incluídas na carteira de clientes do banco, disse em entrevista Tomi Pierucci, empreendedor contratado pelo banco.
“Vimos um imenso crescimento e geração de riqueza nos últimos 20 anos a partir de startups de tecnologia, mas nem todas têm conhecimento, conexões ou recursos para alcançar o crescimento rápido e sustentável necessário para sobreviver”, disse Pierucci. “É aí que entramos.”
Recursos têm sido despejados em empresas de tecnologia em todos os níveis nos últimos anos, com um recorde de cerca de 54 bilhões de dólares levantados em ofertas públicas iniciais em todo o mundo nos últimos 12 meses, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Isso levou ao aumento da concorrência entre os bancos para ganhar negócios antes das listagens.
O J.P.Morgan identificou aproximadamente 3.500 empresas globais de tecnologia para trabalhar. Embora a unidade esteja baseada em sua divisão de private banking, ela se concentrará na geração de negócios de banco privado e de investimento globalmente.
Antes de entrar no J.P.Morgan, Pierucci participou do desenvolvimento corporativo para o aplicativo espanhol de entrega online Glovo, e ajudou a empresa a organizar uma rodada de arrecadação de fundos de 150 milhões de euros que incluiu o apoio do fundo soberano de Abu Dhabi.