Juliana Alencar, fundadora da W.G. Weird Garage (W.G. Weird Garage/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 11h47.
Última atualização em 27 de março de 2023 às 18h47.
A empreendedora Juliana Alencar foi a primeira mulher sócia da plataforma de educação StartSe — onde chegou como head de inovação e, depois, foi nomeada Chief Culture Officer. Mas, aos 33 anos, trocou a vida corporativa pelo próprio negócio: fundou o hub de inovação W.G. Weird Garage com investimento de R$ 150 mil e já prevê faturamento de R$ 7 milhões neste ano.
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“Tive a sorte do timing e vi diversas empresas com ideais parecidos com os meus performando e se tornando unicórnios, abocanhando espaço das gestões tradicionais. Nos últimos anos, o mercado amadureceu e observou gaps que dificultavam o crescimento. Foi então que percebi ser o momento de criar algo que unisse as referências das empresas pelas quais passei”, afirma Juliana.
E está enganado quem pensa que a executiva fechou as portas após sair da StartSe: a empresa é um dos parceiros da W.G. Weird Garage, que já fechou contrato com clientes como:
Serão três frentes de atuação do hub de inovação, que terá consultoria de cultura e até estruturação personalizada; educação e preparação de lideranças; além de fornecer conexões estratégicas para os processos de transformação. Para a fundadora da W.G. Weird Garage, a missão da startup é auxiliar empresas e negócios por meio da própria inovação, mas também de cultura e diversidade.
“O Vale do Silício [região nos EUA conhecida por abrigar companhias de tecnologia] provou por A+B o poder da mudança cultural nos resultados financeiros e no crescimento. Então, para as empresas continuarem relevantes, a cultura deve ser parte da estratégia. Não existe mais a questão binária de ganhar dinheiro ou ter um formato de trabalho legal. Podem ser ambos”, diz a executiva.
De acordo com a pesquisa Mission & Culture Survey, publicado pela recrutadora Glassdoor, 79% dos entrevistados (em Alemanha, EUA, França e Reino Unido) avaliaram o propósito das empresas antes de se candidatarem a uma vaga; e 77% levaram em consideração a cultura corporativa, quesito que também foi apontado como decisivo para continuarem na vaga por 65% dos participantes.
“Minha ideia com o hub foi permitir que as empresas inovassem com suas culturas para se tornarem ainda mais relevantes, competitivas e assim, ‘brigarem’ as companhias mais admiradas e inovadoras do mundo. Quando vi que o meu trabalho de estruturação de cultura na StartSe já estava concluído, me senti confortável para empreender com esse formato mais independente”, diz Juliana.