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Indústria de médio porte se volta ao pequeno varejo

São Paulo - Com o varejo nacional de alimentos cada vez mais concentrado na mão de três "gigantes" - segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart concentram 40% do faturamento do setor no País -, indústrias de médio porte apostam em pequenas e médias redes para ganhar mercado. A […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Com o varejo nacional de alimentos cada vez mais concentrado na mão de três "gigantes" - segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart concentram 40% do faturamento do setor no País -, indústrias de médio porte apostam em pequenas e médias redes para ganhar mercado. A ideia é oferecer uma alternativa às grandes marcas, sem ficar "refém" de um único cliente.

Para a catarinense Leardini, fundada em 1988, afastar-se das grandes redes foi uma solução para dar impulso ao lançamento de uma nova linha de produtos. Na época em que fornecia peixe a granel, a companhia tinha 40% de seus negócios voltados para gigantes como Carrefour. Essa dependência diminuiu para 15% à medida em que a empresa investiu em uma série de produtos semiprontos, como empanados, lasanhas e misturas para risotos - tudo à base de pescados e frutos do mar.

Segundo o diretor comercial da companhia, Sandro Facchini, o varejo de pequeno e médio porte foi vital para que a Leardini construísse a própria marca sem precisar bater de frente com pesos pesados do setor, como a Brasil Foods, detentora das marcas Perdigão e Sadia. O executivo diz que a mudança de direcionamento do negócio vai permitir que a Leardini praticamente dobre seu faturamento em dois anos, passando de R$ 130 milhões, em 2008, para R$ 250 milhões, conforme as estimativas para este ano.

Para o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas) João Sanzovo Neto, a emergência de fornecedoras voltadas para as redes regionais é benéfica tanto para as indústrias quanto para os varejistas. Os supermercadistas ganham mais opções para oferecer em suas gôndolas, enquanto os fabricantes podem pulverizar sua produção, sem ficar à mercê dos humores e exigências de redes de grupos de grande porte.

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