Priscila Siqueira, presidente do Gympass no Brasil: a partir de dezembro as academias e estúdios parceiros podem adquirir a maquininha do Gympass (Paulo Vitale/Gympass/Divulgação)
Carolina Ingizza
Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 05h00.
Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 08h45.
Depois de um ano difícil para o setor de academias e ginástica, o Gympass lança um novo produto para seus parceiros. O unicórnio brasileiro vai disponibilizar a todas as empresas de atividade física cadastradas na sua plataforma a possibilidade de ter uma maquininha de cartão de crédito do Gympass, feita em parceria com a fintech Hash.
“O setor de academias, sem dúvidas, foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Desde o início, estamos focados em buscar alternativas para ajudar essa ponta tão importante dentro do nosso ecossistema. Agora, graças a tecnologia fornecida pela Hash, nossos parceiros poderão contar com taxas e benefícios que uma academia sozinha não conseguiria ter”, afirma Samir Zetun, vice-presidente de academias do Gympass.
A partir deste mês, a maquininha Gympass Plus pode ser contratada pelos estabelecimentos parceiros da startup de forma online pelo site. As academias que optarem pela novidade não terão que pagar mensalidade pela máquina, somente uma taxa por transação — que varia entre 0,91% e 2,50%.
“Sabemos das dificuldades enfrentadas pelas academias nos últimos meses e temos certeza de que a maquininha de pagamentos será mais uma fonte de renda e crescimento para o setor”, afirma João Miranda, fundador e presidente da Hash.
A Hash é uma "fábrica de fintechs". A empresa oferece toda a infraestrutura tecnológica para que qualquer grande empresa possa oferecer serviços financeiros personalizados a seus clientes. Antes do Gympass, seu maior caso de sucesso era com a Leo Madeiras, que ofereceu uma máquina de cartão para a sua rede de marceneiros parceiros — possibilitando a antecipação de recebíveis e parcelamento de compras com a fornecedora.
Em 2018, a fintech recebeu um aporte de 3,5 milhões de dólares do fundo Kaszek. Foi em um encontro entre empresas investidas pelo fundo que João Miranda se aproximou do Gympass. “Eles estavam testando um modelo de revenda de maquininhas. Este ano, quando perceberam que queriam ter uma maquininha própria, decidimos trabalhar juntos”, diz Miranda.
Hoje, a Hash tem mais de 15.000 estabelecimentos usando suas maquininhas na ponta. Em 2019, a empresa terminou o ano com faturamento de 2 milhões de reais, e prevê que este ano vai faturar 30 milhões. A receita cresceu 10 vezes no primeiro semestre do ano, e o volume processado quadruplicou desde o início da pandemia de coronavírus.
“Nosso desafio é nos manter atualizados ao que está acontecendo, A pandemia acelerou em anos a implementação de serviços digitais, quem não acompanhar isso fica para trás”, afirma o fundador.