Ministério da Economia, Paulo Guedes (Washington Costa/ASCOM/ME/Flickr)
Reuters
Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 18h30.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 19h12.
Em reunião com representantes dos setores de comércio e serviços, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo lançará um novo programa de crédito voltado para pequenas e médias empresas, com potencial liberação de R$ 100 bilhões em operações, informou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci.
Segundo ele, em almoço organizado nesta quarta-feira pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços, o ministro afirmou que o plano pode ser apresentado nos próximos dias.
"Guedes disse que na semana que vem será lançado um grande programa de crédito, da ordem de R$ 100 bilhões, para empresas que vão de Microempreendedor Individual (MEI) a empresas de médio porte, com faturamento de até R$ 300 milhões por ano" afirmou.
De acordo com uma fonte do ministério, a apresentação do plano deve ficar para março. Antes, a pasta ainda busca aval da medida pela Casa Civil, além de um alinhamento prévio com lideranças partidárias. A implementação deve depender da edição de medida provisória pelo presidente Jair Bolsonaro.
Segundo esse membro da pasta que participa da elaboração do programa, a ideia é ampliar a disponibilidade de fundos garantidores de crédito, aos moldes do Fundo de Garantia de Operações (FGO) e Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).
O programa reuniria outros fundos, que serviriam de garantia para as operações. A avaliação é que a obtenção de garantia para liberar empréstimos e reduzir custos é um dos maiores entraves para pequenas e médias empresas.
"O programa vai alavancar em crédito aproximadamente R$ 100 bilhões, com vários fundos interligados. Nós entraremos pesado com fundos garantidores", disse a fonte, ponderando que o valor a ser disponibilizado nos fundos ainda passa por calibragem.
O custo orçamentário da medida ainda não está definido, afirmou esse membro da pasta. Segundo o relato, nos fundos selecionados para o programa, há recursos que voltariam para os cofres do Tesouro, mas essas verbas serão mantidas onde estão para viabilizar as garantias.
No desenho do programa, o BNDES deve ser escalado para administrar fundos, assim como faz atualmente com o FGI. A Caixa, por sua vez, deve operar a parte do programa voltado especificamente para microempresários.
Procurado, o Ministério da Economia não respondeu de imediato.