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Governo lança edital de R$ 9,7 mi para 50 startups de tecnologia

Em seu 3º ano de funcionamento, o programa Start-Up Brasil estimula projetos que desenvolvam softwares, hardwares e serviços de tecnologias da informação

Verba: as 50 propostas do programa receberão bolsas de até R$ 200 mil (iStock/Thinkstock)

Verba: as 50 propostas do programa receberão bolsas de até R$ 200 mil (iStock/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 16h04.

O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) anunciou hoje (10) a abertura de uma nova etapa do programa Start-Up Brasil, que tem por objetivo estimular projetos que desenvolvam softwares, hardwares e serviços de tecnologias da informação. Startup são empresas inovadoras, em estágio inicial.

Em seu terceiro ano de funcionamento, o programa vai oferecer R$ 9,7 milhões a 50 propostas que vão receber bolsas de até R$ 200 mil. O edital para inscrição gratuita está disponível no site do programa até 25 de setembro.

A equipe deverá eleger um coordenador, que precisa ter vínculo formal com a startup, ou seja, a instituição em que o projeto de pesquisa ou desenvolvimento tecnológico será executado. Outra exigência é que as empresas tenham completado, no máximo, quatro anos de atuação.

As propostas vão ser julgadas por um comitê do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O resultado será divulgado na página do CNPq, no dia 30 de novembro.

Na cerimônia de lançamento da chamada pública, o ministro da pasta, Gilberto Kassab, ressaltou que, em períodos de recessão como o que o Brasil atravessa, é essencial que o governo se volte para a área de tecnologia.

"Nenhum país consegue sair de uma crise econômica sem investir em tecnologia. Essa destinação de recursos parece modesta, num primeiro momento, mas é muito expressiva nesse contexto. Com essa seleção, teremos a oportunidade de constatar mais uma vez que o brasileiro tem vocação para a inovação", afirmou.

Segundo o secretário de Política de Informática da pasta, Maximiliano Martinhão, além de dar prioridade ao segmento, o governo teve o cuidado de dar oportunidade a startups com uma atuação mais restrita.

"A gente corria o risco de desprivilegiar startups que estão em determinadas partes do país e que têm um objetivo regional, como startups de proteção da Amazônia ou de agricultura do Centro-Oeste."

Nas dois primeiros ciclos do programa, de 2013 a 2015, foram apoiadas 183 startups, de 17 estados e 13 países e que se sobressaíram entre 2.855 propostas. Até o momento, a iniciativa gerou, segundo estimativa do governo, 1,2 mil empregos diretos.

Aceleração de startups

Em outras rodadas, o programa também seleciona as chamadas aceleradoras. Elas têm o papel de auxiliar as startups a ganhar maior visibilidade, colocá-las em contato com investidores nacionais e internacionais e dar orientações jurídicas, de marketing, vendas, finanças e gestão de pessoas.

De acordo com Martinhão, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está estruturando um programa voltado à internacionalização das startups.

A iniciativa complementaria as linhas da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que, pelo Finep Startup, ajuda esse tipo de empresa a resolver problemas de capital e captação de recursos.

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