São Paulo – Pais e mães do Brasil inteiro conhecem bem esta marca: sucesso absoluto entre as crianças, a Galinha Pintadinha já teve 4 bilhões de visualizações em seu canal no Youtube e hoje movimenta mais de 300 milhões de dólares em produtos licenciados.
Porém, o que pouca gente sabe é que essa história de sucesso começou quase que por acaso.
O fundador Juliano Prado conta que ele e seu sócio Marcos Luporini estavam com dificuldade para conseguir investimento e continuar o que antes era apenas um projeto pessoal. Um dia, um amigo da dupla pediu o arquivo em vídeo para apresentar numa emissora de TV.
“Como não conseguimos gravar em DVD, resolvemos subir o clipe no Youtube para que ele pudesse ter acesso. Íamos apagar logo depois, mas acabamos esquecendo o clipe lá”, lembra Prado.
A emissora não se interessou pelo produto. Porém, seis meses depois o vídeo tinha 500 mil visualizações no Youtube. “Foi quase por acaso. Vimos que as pessoas gostavam e pediam novos clipes”, conta. O empreendedor lembra que na época, em 2006, praticamente não havia conteúdo profissional no Youtube.
“Ficamos inclusive com medo de que colocar na internet pudesse nos prejudicar na hora de crescer. Mas aconteceu justamente o contrário”, conta.
Força do online
Foi o estalo para a marca deslanchar. Depois do sucesso do primeiro vídeo, em vez de continuar esperando por patrocinadores ou pela aprovação de emissoras de TV, os sócios decidiram investir por conta própria na gravação do primeiro DVD da marca.
Com 15 mil reais e muita boa vontade de todos os envolvidos na produção, eles conseguiram lançar a coletânea de forma independente em 2008. Desde então, a marca já lançou outros três DVDs. Só no Youtube são 7 milhões de visualizações diárias.
A marca tem apostado em reforçar sua presença online e tem seus clipes disponíveis em cerca de 15 canais na internet (além do Youtube, está na Netflix e Now, por exemplo).
Em dez anos de história, nunca teve um programa na televisão.
Música brasileira
Além dos vídeos, em 2012 a Galinha Pintadinha passou a faturar também com produtos licenciados. Hoje são 900 itens, que incluem material escolar, bonecos, itens de higiene, decoração de festas etc.
No total, os produtos licenciados da marca movimentam um montante de 300 milhões de dólares, dos quais a empresa de Prado fica com cerca de 2%. “Estamos em 89º lugar no ranking global das marcas licenciadas, com o agravante de que não temos programa na TV, algo raro nesse meio”, afirma o empreendedor.
Para Prado, o sucesso dos vídeos é fruto de uma conjunção de fatores. O primeiro deles é o fato de a empresa ter aproveitado o início do da febre pelos vídeos na internet.
“A gente tem um produto que, meio sem querer, estava bem adaptado a esse universo digital. Na época era só um projeto que a gente estava botando no ar e vendo no que dava. Tem a ver com essa mudança de paradigma. Somos uma produtora de fundo de quintal que concorre com grande empresas”, afirma.
Outro fator, segundo Prado, é que a Galinha Pintadinha trabalha com músicas brasileiras. “A música brasileira é muito rica. Nosso primeiro DVD é feito apenas com músicas nacionais de domínio público, até por uma questão de custo. A gente pegou essas musicas que já tinham sido muito regravadas e pela primeira vez incluímos um desenho animado. Aí juntou a força da música nacional com a novidade do formado digital.”
Futuro
A Galinha Pintadinha também está fazendo sucesso no exterior. O canal do Youtube em espanhol já soma 2,5 bilhões de visualizações. Há ainda conteúdos traduzidos para o inglês.
Agora, a marca trabalha na tradução para mais cinco línguas: italiano, francês, alemão, japonês e chinês.
Outro produto a ser lançado no ano em que a marca comemora dez anos é a Galinha Pintadinha Mini. “É uma série com histórias, um pedido antigo dos fãs”, explica Prado. Serão 26 episódios, com 11 minutos cada, em que haverá história, música e conteúdo educativo.
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1. Um negócio depois do expediente
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São Paulo – Ter seu próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros. Porém, largar o emprego para mergulhar de cabeça em uma
ideia é uma atitude arriscada, especialmente durante
uma época em que arranjar um trabalho fixo está difícil. Pesando tudo que poderia dar errado, muitos abandonam seu desejo de empreender. Mas não precisa ser assim. Há diversos empreendimentos que podem ser administrados nas horas vagas. Inclusive, essa é uma boa maneira de ver se ser
empreendedor é para você: é comum que donos de negócio comecem com um projeto paralelo e, se o sucesso estiver no horizonte, abandonem o emprego para se dedicar integralmente. Está sem ideias sobre o qual tipo de empreendimento pode ser tocado durante o fim de semana? EXAME.com consultou quatro especialistas e elencou 12 ideias de negócios que são perfeitas para as horas vagas. Os entrevistados são Adriano Augusto, consultor do Sebrae-SP; Bento Costa, coordenador do MBA Marketing e Varejo do Ibmec-DF; Letícia Menegon, professora e coordenadora da Incubadora de Negócios da ESPM; e Talita Lombardi, empreendedora serial e fundadora do MeninaExecutiva.
Navegue pelos slides acima e confira quais são esses empreendimentos.
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2. 1 — Cabelo e maquiagem em casa
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Você tem talento para fazer boas maquiagens e bons penteados? Esses serviços são típicos do fim de semana: a maior demanda está concentrada no sábado e no domingo, já que eventos mais sofisticados também ocorrem nesses dias. Não é nem preciso adquirir um ponto comercial: muitos empreendedores do ramo atendem na própria casa do cliente. "Conheço uma empreendedora que ganhava mais com esse projeto paralelo do que na empresa em que ela trabalhava na semana, como consultora de marketing. Quando ela virou mãe, largou o emprego fixo e passou a trabalhar de sexta a domingo, quando o pai poderia cuidar dos filhos", conta Menegon, da ESPM.
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3. 2 — Café em duas rodas
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Montar uma bicicleta que vende cafés é uma boa alternativa de empreendimento de final de semana: elas pedem um investimento inicial menor do que os food trucks e, como eles, podem se instalar em praças ou ruas de grande movimento. Com o tempo, o dono do bike café pode começar a atender pedidos de eventos empresariais e festas. "Dedicando-se mais, pode chegar a um ponto em que o empreendedor deve se perguntar: vale a pena ou não largar o emprego por isso?", pondera Menegon.
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4. 3 — Consertos e assistências em informática
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Você tem habilidade para consertar celulares ou computadores, ou consegue prestar consultoria nesta área? Esse é um bom tipo de negócio não apenas para o fim de semana, mas também para qualquer horário vago, afirma Costa, do Ibmec-DF. Dependendo do prazo de entrega, é possível fracionar o trabalho e continuar os consertos outro dia, ou restringir a consultoria sobre informática apenas para o fim de semana.
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5. 4 — Consultorias e palestras
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Que tal aproveitar sua área de especialização para montar um empreendimento? O grande diferencial em ter sua própria consultoria ou sua própria empresa de palestras como negócio de fim de semana é o retorno rápido: você já está capacitado, então todo o investimento é direcionado apenas para divulgação da sua marca e preparação de materiais. “No final de semana, você pode implementar treinamentos e dar palestras para pequenos e médios empreendimentos ou para pessoas físicas. Nas empresas grandes fica mais difícil, porque há muita concorrência e muitos funcionários para treinar”, explica Lombardi, do MeninaExecutiva. Porém, a empreendedora faz um alerta: não forneça serviços para um negócio que for concorrente da empresa onde você trabalha de segunda a sexta-feira. “É preciso ter ética e priorizar sua principal fonte de renda.”
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6. 5 — Decoração e móveis planejados
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A produção de objetos de decoração e de móveis planejados por encomenda é uma atividade que pode muito bem ser tocada no fim de semana. Como há uma demanda restrita e é um produto artesanal, é possível realizar a produção apenas nas horas vagas, ganhando uma boa renda por conta da customização. "Isso é especialmente verdade quando os projetos unem conceitos inovadores e específicos, como a inclusão de aspectos sustentáveis", explica Menegon, da ESPM.
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7. 6 — Doces e salgados por encomenda
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Cozinhar doces e salgados é um empreendimento paralelo bem tradicional: muitas pessoas aproveitam seus dotes culinários para conseguir uma renda extra. Para dar conta do negócio apenas nas horas vagas, o segredo é trabalhar apenas com encomendas. Dessa forma, o empreendedor pode analisar se consegue assumir o serviço ou não, evitando surpresas que prejudicariam seu emprego fixo. Dentro das encomendas, a produção para festas é especialmente indicada: afinal, elas já costumam acontecer no fim de semana, diz Augusto, do Sebrae/SP. “A dedicação ao empreendimento fica muito mais focada no sábado e no domingo, já que é preciso produzir um dia antes ou no próprio dia do evento atendido". Já se o dono do negócio atendesse pequenas padarias, por exemplo, ele arriscaria ter de trabalhar durante a semana também. Com os contatos certos, é possível faturar até com os doces e salgados mais tradicionais. Porém, caso haja muita concorrência na região onde você mora, é preciso inovar e oferecer doces e salgados com algum diferencial. “Uma amiga minha, por exemplo, produz no fim de semana ‘geladinhos’ alcoólicos e vende para festas. Agora, está começando a aparecer até demanda para o resto da semana”, conta Lombardi.
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8. 7 — Ensinar quem tem medo de dirigir
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Você sabe dirigir bem? Então, uma boa dica de empreendimento é montar um negócio que dê aulas de direção para quem já tem uma carteira de motorista, mas ainda se sente inseguro no volante. Este é um negócio que se potencializa durante o fim de semana, diz Augusto. “As pessoas trabalham na semana e têm medo de dirigir à noite, então oferecer as aulas no sábado e no domingo é uma boa opção, inclusive pelo trânsito ser mais sossegado”, explica o consultor do Sebrae-SP.
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9. 8 — Planejamento e serviços para eventos
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Assim como fazer doces e salgados para festas, fornecer outros serviços fara festas e até planejá-las pode ser um bom empreendimento de fim de semana: afinal, a maioria das celebrações ocorre no sábado ou no domingo. Enquanto Augusto, do Sebrae-SP, cita atividades complementares aos eventos, como decoração de buffets e entretenimento, Costa ressalta a possibilidade de coordenar a festa em si. “Você pode tocar os eventos no sábado e no domingo, e isso o não impede de manter seu emprego até que você se fixe nesse mercado. Com o tempo, dá para contratar funcionários e planejar celebrações mais sofisticadas”, diz o docente do Ibmec-DF.
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10. 9 — Produção artesanal e venda digital
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O fim de semana pode ser dedicado a produzir produtos com base no seu talento: desde bijuterias até bonecas de pano, mosaico e bordados, por exemplo. “Nas horas vagas você pode desenvolver as bijuterias que irá vender”, explica Lombardi, do MeninaExecutiva. A empreendedora recomenda, inclusive, apostar no potencial da internet caso você não tenha tantos contatos para também vender no fim de semana. Por meio de uma loja virtual, é possível anunciar o que você produziu e agendar ações de marketing nas redes sociais. Na semana, seu único trabalho será despachar o produto vendido ou lidar com emergências ocasionais.
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11. 10 — Produtos e serviços voltados ao lazer
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Ter um negócio que esteja próximo de locais de lazer é uma boa pedida para o fim de semana: afinal, o grande fluxo de público costuma ocorrer no sábado e no domingo. Como exemplos, Augusto cita alugar bicicletas, ter carrinhos de comida, fornecer estacionamento e lavagem de veículos. “Esses empreendimentos podem estar em um estádio de futebol ou em um parque, por exemplo. A própria conveniência de localização do produto ou do serviço pode criar demanda", diz o consultor.
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12. 11 — Turismo na sua própria cidade
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Você mora em uma cidade que recebe muitos turistas? Então, montar um serviço que os atenda é uma boa pedida de empreendimento de fim de semana. “As pessoas costumam só ter tempo livre para ir ao litoral ou às montanhas nos fins de semana e nos feriados. Por isso, só costuma valer a pena abrir as portas nesses dias”, explica Augusto. Alguns exemplos de negócios que se encaixam nesta categoria são restaurantes, guias turísticos e serviços atrelados a locais de destaque (como fotografia e venda de artesanato relacionado).
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13. 12 — Vendedor porta a porta
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Ser um vendedor porta a porta é uma atividade que casa bem com o fim de semana: além de você poder definir os horários de trabalho, as pessoas estão mais receptivas para olhar e testar seus produtos durante as horas de lazer.
Menegon conta que essa também é uma atividade que pode se tornar um grande empreendimento no mundo. "Conheço um amigo que começou a vender tanto que montou uma loja, por exemplo." Porém, há um ponto de atenção: antes de tentar vender os produtos para seus colegas do emprego fixo, converse muito bem com sua empresa. A grande maioria das corporações não permite que os funcionários passem um tempo do expediente fazendo outras vendas - e isso pode levar até a uma demissão por justa causa. "Analise muito bem a postura ética da empresa e também a sua", completa a professora da ESPM.
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14. Procurando empreendimentos simples? Então, veja:
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