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Fintech que cria “bolsas digitais” recebe aporte de R$ 1,7 mi

A Wuzu, fundada em 2017, é especialista na criação de sistemas de negociação e exchange. Com o investimento, vai fortalecer sua área de vendas para expandir

Wuzu: antes dessa rodada, a empresa havia recebido 3,5 milhões de reais em aportes de investidores-anjo e dos fundos Duxx, Superjobs e Bossa Nova (Wuzu/Reprodução)

Wuzu: antes dessa rodada, a empresa havia recebido 3,5 milhões de reais em aportes de investidores-anjo e dos fundos Duxx, Superjobs e Bossa Nova (Wuzu/Reprodução)

CI

Carolina Ingizza

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 14h35.

Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 15h00.

Em uma rodada que uniu crowdfunding e fundos de investimento, a startup brasileira Wuzu, fundada em 2017, levantou 1,7 milhão de reais. A empresa é especializada em criar ferramentas digitais para a negociação de diferentes tipos de ativo.

Esse não é o primeiro investimento recebido pela fintech. Desde 2017, a Wuzu havia recebido 3,5 milhões de reais de investidores-anjo e dos fundos Duxx, Superjobs, Bossa Nova Investimentos.

Com a nova rodada, os sócios fundadores Anderson Nery, Bruno Bertoldi e Guilherme Zonatto esperam expandir a equipe comercial e os investimentos de marketing da startup. Uma parte do dinheiro será investida também na contratação de mais pessoas para os times de desenvolvimento e produtos. Hoje, a startup tem cerca de 20 funcionários.

“Queremos ampliar nossa presença no mercado, atingindo outras frentes, como títulos públicos e energia, oferecendo nossa solução de balcão eletrônico de ativos para mercados ainda carentes nesse quesito”, diz Nery, presidente da Wuzu.

Trajetória do negócio

A empresa nasceu de um projeto amador dos sócios, que têm passagens por fundos de private equity e bancos internacionais. Interessados pelo universo de criptomoedas, eles começaram a desenvolver algoritmos para aproveitar as diferenças de spread nos ativos em diferentes partes do mundo.

Foi dentro desse universo de criptomoedas que eles perceberam uma oportunidade. “As exchanges tinham arquiteturas sofríveis, havia uma lacuna, não tinha ninguém criando a infraestrutura”, diz Nery. Foi assim, no final de 2016, que eles desenharam o projeto que deu origem à Wuzu.

No começo da empresa, em 2017, os sócios conseguiram investimento semente para ter capital suficiente para bancar a operação enquanto a tecnologia era construída. O negócio deslanchou dois anos depois, quando a startup conquistou o primeiro cliente de peso: o banco BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME). Com a infraestrutura da fintech, o banco lançou o token de valor mobiliário ReitBZ.

Hoje, a startup diz conseguir implementar em até 2 horas um sistema de negociação usando o blockchain como facilitador das operações. “Nossa ambição é nos tornar uma bolsa e usar a tecnologia para ser um competidor da B3 no Brasil”, diz Nery.

A pandemia atrapalhou os planos da Wuzu para este ano. Segundo o presidente, muitos clientes adiaram a contratação de projetos devido à incerteza do mercado. A companhia deve fechar 2020 com faturamento de 800.000 reais, metade da expectativa inicial para o ano. O total ainda é 60% superior ao faturamento de 2019. Para 2021, a meta é bater 2,5 milhões de reais e triplicar o número de clientes — de cinco para 15.

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