Diferente do que se espera, o mercado de games no Brasil não é um dos mais incentivados. Mesmo com tantos profissionais qualificados e também com possibilidades, as oportunidades não chegam.
Pensando nesse contexto e também no crescente movimento das startups, a Finep anunciou uma linha de financiamento que irá ajudar tanto startups, quanto os games.
A Finep lança o Inovacred Expresso, que tem como objetivo apoiar inovação em empresas com receita operacional bruta anual até R$ 16 milhões através de financiamentos de até 150 mil reais.
Não é necessária contrapartida das empresas e o prazo do financiamento é de até quatro anos, incluída carência. O setor de jogos digitais se enquadra para receber a verba.
Serão credenciadas até 16 empresas nos setores: de equipamentos nacionais; equipamentos importados; aquisição de softwares vinculados ao desenvolvimento de produto/processo/serviço inovador; matérias primas e materiais de consumo ligados à prototipagem ou lotes pioneiros; serviços de consultoria tecnológica; marketing e comercialização do produto/processo/serviço inovador; além de patenteamento e certificação.
Para participar do Inovacred Expresso, é necessário se enquadrar nas seguintes categorias:
1. Ter recebido ao menos um dos seguintes apoios do governo: incentivos fiscais à P&D e inovação tecnológica nos últimos cinco anos; subvenção econômica à P&D nos últimos dez anos; financiamento a projetos de P&D e inovação tecnológica nos últimos cinco anos – com ou sem parceria com universidades ou institutos de pesquisa; bolsas RHAE/CNPq para pesquisadores em empresas nos últimos cinco anos; aporte de venture capital baseado em recursos públicos nos últimos cinco anos;
2. Ter histórico na área de Propriedade Intelectual / Direito Autoral: possuir registro de patente no INPI nos últimos cinco anos; possuir registro de Direito Autoral nos últimos cinco anos – aplicável somente em caso de software; ter pedido de patente no INPI no mesmo ano da solicitação de empréstimo ou nos dois anos anteriores;
3. Estar instalada em Incubadoras de Base Tecnológica ou Parques Tecnológicos.
Para mais informações sobre a linha de financiamento, acesse o site do Inovacred.
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1. Startups no foco
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1/9 (dierken/Photopin)
São Paulo – Uma em cada quatro
startups brasileiras morre antes de completar um ano de vida, segundo um
estudo inédito feito pela Fundação Dom Cabral (FDC) neste ano. Em 2014, isso pode ter sido ainda mais evidente. Este não foi um ano fácil: os fundos de investimento fizeram menos aportes em startups, algumas empresas não conseguiram se provar no mercado e os modelos de monetização são cada vez mais um desafio.
Mesmo assim, algumas startups conseguiram se destacar, seja por acordos de venda ou aquisição, por estratégias ousadas de marketing ou por trazerem inovações ao mercado. Com a ajuda de Guilherme Calheiros, diretor de Inovação e Competitividade Empresarial do Porto Digital, Camila Farani, investidora-anjo, Yuri Gitahy, membro do conselho da ABStartups, e Reinaldo Normand,
empreendedor, EXAME.com mostra quais foram as startups que se destacaram neste ano.
Veja nas fotos as oito startups de destaque.
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2. Easy Taxi
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2/9 (Divulgação)
O app estava na lista de destaque de 2013 e mereceu aparecer novamente neste ano. Com a premissa simples de usar o celular para encontrar um taxi, a empresa evoluiu, fechou parcerias com várias outras startups, como o Waze, passou a receber pagamentos direto pelo app e revolucionou a vida de milhares de taxistas e passageiros. Em julho,
recebeu 90 milhões de reais para seguir crescendo. Desde a sua criação, a empresa captou 145 milhões de reais em investimento. “Com mais de 300 mil taxistas atendendo corridas diárias, é uma das startups brasileiras que mais cresceu em 2014”, diz Gitahy.
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3. Uber
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3/9 (Raul Aragao/I Hate Flash)
O Uber é provavelmente uma das
startups mais polêmicas do ano. O app para conseguir caronas foi criado em 2009, em São Francisco, e muitos dizem que o serviço é ilegal, desrespeita as regras locais de transporte e ainda invade a privacidade dos usuários. Até agora, a empresa não tem se mostrado abalada e tenta continuar as operações na maioria dos países em que atua. Nesta semana, um
executivo disse que as manchetes não são tão ruins assim para o negócio.
A startup recebeu mais de 1 bilhão de dólares em investimento de 33 investidores e está sendo avaliado entre 18 bilhões e 40 bilhões de dólares. “Esses dados por si só já a colocam como uma das startups mais valiosas da história. É conhecida e bem avaliada pela maioria dos usuários que deseja rapidez e conveniência em um trânsito cada vez mais caótico”, afirma Camila.
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4. Peixe Urbano
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4/9 (Germano Lüders/EXAME)
É verdade que o Peixe Urbano não é uma startup iniciante, mas não poderia ficar de fora da lista. Depois de um crescimento meteórico, quando chegou a ter quase mil funcionários, e uma queda causada pelo modelo de negócios
falido das compras coletivas, o Peixe Urbano voltou às manchetes neste ano. O responsável por isso foi o Baidu, gigante chinês da internet que
anunciou a aquisição da empresa brasileira. “O Peixe Urbano tem 20 milhões de usuários cadastrados na plataforma, fazendo com que ele fosse estratégico para o Baidu se afirmar no mercado brasileiro”, explica Calheiros.
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5. Whatsapp
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5/9 (Reprodução)
Eram pouco mais de 50 pessoas trabalhando em um app de troca de mensagens pelo celular. A moda pegou e o Whatsapp entrou para a lista das aquisições bilionárias do Facebook. O negócio, anunciado em julho, foi consolidado em outubro por
22 bilhões de dólares.
Usado para comprovar de traição e casos de polícia, o aplicativo ganhou espaço nos celulares de várias partes do mundo,
revolucionando o mercado.
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6. GuiaBolso
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6/9 (David Paul Morris/Getty Images)
Considerada uma das melhores
ferramentas para organizar as finanças pessoais, o GuiaBolso puxa os dados da conta bancária direto para o celular e facilita a administração dos gastos e receitas. No final de 2013, a empresa
recebeu um aporte liderado pelo fundo e.Bricks Early Stage, braço de venture capital da e.Bricks Digital. Em 2014, venceu a competição
InfoStart, organizada pela revista Info.
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7. iFood
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7/9 (Divulgação)
Os apps de pedidos de comida delivery tiveram em 2014 um momento de consolidação, com aquisições e investimentos. No final de 2013, o iFood recebeu um aporte de
5,5 milhões de reais da Movile. Neste ano, mostrou a que veio. Em setembro, anunciou uma
fusão com o RestauranteWeb, app rival comandado pela empresa britânica JustEat. No mês seguinte,
confirmou duas aquisições de players locais, somando três compras no ano.
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8. Bebê Store
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8/9 (Germano Lüders/EXAME)
Fundada em 2009, pelos empreendedores Leonardo Simão e Juliana Della Nina, a Bebê Store faz parte do grupo BB Box, que controla as lojas Toy Store, Mommy Store e Kids Store. No começo de 2013, recebeu 20 milhões de reais em investimento feito pelos fundos W7 Brazil Capital e Atomico. Em julho de 2014, recebeu um aporte de 500 mil dólares da Catalyst, fundo de investimento da Endeavor, e anunciou a
compra do seu principal concorrente, a Baby.com.br. Com a aquisição, a empresa passou a oferecer mais de 55 mil itens para bebês e crianças.
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9. Bliive
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9/9 (Bliive/Facebook)
Lorrana Scarpioni tirou do papel uma ideia que parecia impossível: vender tempo. Ela criou a rede social
Bliive, que funciona como um banco de horas online em que os usuários podem trocar serviços entre si, pagando com uma moeda própria. Com mais de 30 mil usuários, a rede social venceu o Desafio Intel deste ano e foi selecionada pelo Sirius Program, um programa de incentivo a startups do Reino Unido.