T.T. Burger, do chef Thomas Troisgros, tem lanche feito com produto da Fazenda Futuro (T.T Burger/Divulgação)
Marina Filippe
Publicado em 19 de julho de 2019 às 06h00.
Última atualização em 19 de julho de 2019 às 09h49.
São Paulo -- A onda de hambúrgueres que tem gosto e textura de carne bovina, mas são de base vegetal está ganhando cada vez mais força. Com exemplos no exterior, o Brasil dá os primeiros passos a partir de empresas como a foodtech Fazenda Futuro, que acaba de receber aporte de 8,5 milhões de dólares, em sua primeira rodada investimento externo, elevando seu valor de mercado para 100 milhões de dólares.
A rodada de investimentos foi liderada pelo fundo brasileiro de venture capital Monashees, com participação da Go4it Capital. Com foco em startups de tecnologia, a Monashees é o maior investidor local em três unicórnios: Rappi, Loggi e 99.
Com Marcos Leta, criador da marca de sucos do bem, e Alfredo Strechinsky à frente da Fazenda Futuro. A empresa, criada em abril, pretende criar uma categoria de produtos para veganos e carnívoros ao ponto de concorrer com frigoríficos.
“Nossa intenção é abocanhar uma fatia do mercado que pode ser mais saudável sem abrir mão do sabor e textura que tanto gosta. Há grandes planos para se executar”, afirma Marcos Leta.
É por isso que o "hambúrguer futuro", atualmente vendido em embalagem com duas unidades em grandes varejistas, pode ser encontrado nos refrigerados ao lado de carnes de origem animal. O produto também é vendido pronto em lanchonetes.
Atualmente, são mais de 1 300 pontos de venda nas regiões sul, sudeste e nordeste e cerca de 100 restaurantes e lanchonetes que vendem a primeira versão do hambúrguer, que usa usa em sua base de ingredientes proteína de ervilha, proteína isolada de soja e de grão de bico, além de beterraba para imitar a cor e o sangue da carne.
A intenção da Fazenda Futuro para os próximos meses é lançar opções de carnes que vá além de hambúrgueres, e também ganhar mais escala com o produto já disponível no mercado.