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Ex-pedreiro abre franquia em casa e fatura R$ 300 mil no ano

Romildo Mota sempre quis empreender. Depois de muito estudar e pesquisar, escolheu ter uma franquia no setor em que começou a trabalhar: a construção civil.

Romildo Mota, da Help Home: morador de Tucuruí, no Pará, trocou sua carreira em vendas por uma unidade franqueada

Romildo Mota, da Help Home: morador de Tucuruí, no Pará, trocou sua carreira em vendas por uma unidade franqueada

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 8 de outubro de 2016 às 09h00.

São Paulo – Um dos momentos mais difíceis na vida de um futuro empreendedor é, finalmente, trocar a vida de funcionário pela de dono de negócio: uma jornada cheia de incertezas, inclusive financeiras.

Para o ex-pedreiro Romildo Mota, havia muito em jogo. Ele havia feito uma carreira sólida na área de vendas e tinha "um bom salário", nas suas próprias palavras. Porém, o sonho falava mais alto: ter seu negócio próprio no setor de engenharia civil.

Morador de Tucuruí, cidade que fica no interior do Pará, Mota apostou em adquirir uma unidade franqueada da Help Home, que trabalha com manutenção e reparos. Nos últimos doze meses, faturou 300 mil reais – e a expectativa é crescer ainda mais no próximo ano.

Decisão de carreira

Na juventude, Mota começou a trabalhar no setor de construção civil: foi ajudante de obra, carpinteiro e depois pedreiro. Ficou na área por dois anos, até que surgiu a oportunidade de trabalhar com vendas, por um salário maior.

O ex-pedreiro chegou a ser gerente de vendas, após mais 13 anos de trabalho. “Mesmo ganhando bem, não estava motivado. Queria ter meu próprio negócio e trabalhar com construção civil”, conta. “Continuei a fazer cursos na área, como de mestre-de-obras, mas não tinha tantos anos de experiência.”

Como suprir essa falta de conhecimento prático? Depois de muito pesquisar, Mota acabou decidindo pela aquisição de uma franquia. “Sempre acompanhei a mídia e analisei o crescimento das redes de franquias – quais abriam e fechavam, qual a satisfação dos clientes, quem são os concorrentes, como é o nicho, entre outros assuntos. Ao todo, passei cerca de três anos nisso”, explica o empreendedor.

“Eu estava na área de vendas sim, mas não estava apenas esperando o tempo passar – estava pesquisando para um dia sair de lá. Entrei em uma franquia com formação no tema, e não no escuro.”

Mota usou suas reservas financeiras para abrir uma unidade da Help Home. O investimento inicial foi de 20 mil reais, e ainda hoje o empreendedor trabalha de casa – no modelo “home based.”

Operação da franquia

A franquia foi adquirida em janeiro de 2015, mas Mota só começou a realmente tocar seu negócio no meio do ano, quando saiu do seu emprego anterior. O início do empreendimento foi especialmente trabalhoso.

“Não foi nada fácil ganhar a carteira de clientes, fazer a gestão financeira, contratar funcionários e planejar o marketing. Mas a marca ajudou muito nessas questões”, afirma o ex-pedreiro.

Dos pedidos chegam para Mota, 80% são de empresas - sendo que uma multinacional presente no estado compõe boa parte da receita da unidade do empreendedor.

Os serviços oferecidos incluem construção civil, instalação e limpeza de ar-condicionado e reformas. O negócio possui cinco funcionários, sendo que, para serviços grandes, é preciso contratar terceirizados.

Nos últimos doze meses, a unidade franqueada faturou 300 mil reais - uma média mensal de 25 mil reais. A lucratividade do negócio é de cerca de 40%. Ou seja, há um lucro médio de 10 mil reais por mês. “Ganho, hoje, três vezes mais do que ganhava com carteira assinada”, conta.

Futuro e conselhos

Para o ano que vem, Mota planeja fazer uma graduação em Engenharia para complementar sua formação. Sua unidade da Help Home também pretende entrar na área de licitações públicas, adquirir um escritório, passar para oito funcionários e investir mais em marketing. A meta para 2017 é ter um faturamento de 500 mil reais.

“A área de construção civil ainda tem muito potencial, mesmo com a crise. Mas quem entrar no setor tem que saber que vai trabalhar. Às vezes eu coloco a mão na massa, subo no telhado e fico do lado da minha equipe”, recomenda Mota.

Outros conselhos do empreendedor incluem fazer um bom pós-venda e um bom controle financeiro. “Não adianta esperar receber clientes e obter retorno – o trabalho de captação acontece todos os dias. Além disso, tenha cuidado com as contas: tem gente que fatura um pouco e já tira o dinheiro do negócio. Depois, fica no negativo e o negócio pode até quebrar.”

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