Empreendedoras investem no setor de esmaltes, que faturou R$ 800 milhões em 2010 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2011 às 11h17.
São Paulo – Apaixonada por esmaltes desde a adolescência, Carolina Scarpin sofria para encontrar todas as variedades de cores e marcas que gostaria de comprar no mercado. Em meados do ano passado, decidiu criar uma loja virtual para atender a demanda de consumidoras que, como ela, queriam revestir suas unhas de novas possibilidades.
Assim nascia a Bela Glamour. O negócio deu tão certo que no início deste ano ganhou uma loja física em São Paulo onde estão disponíveis mais de 500 cores diferentes de esmaltes de marcas nacionais e importadas. Um único vidro pode chegar a custar 45 reais, embora opções mais “democráticas”, a partir de 2,50 reais, também estejam disponíveis nas prateleiras.
A variedade do portfólio somada à atualização constante do estoque com os mais recentes lançamentos dos fabricantes explicam o sucesso do negócio, segundo a empreendedora. “Procurei saber quais eram as marcas que todo mundo procurava e não achava”, conta.
Na loja física, o segredo para se destacar da concorrência é investir na apresentação e na experiência das clientes. “Na farmácia é tudo uma bagunça. Aqui exibimos os produtos de uma maneira agradável, temos mostruários e disquinhos para a pessoa testar o produto”, diz a empresária.
A marca pegou carona na expansão do mercado de esmaltes no Brasil. Em 2010, o varejo brasileiro vendeu cerca de 600 milhões de vidros de esmalte e faturou 800 milhões de reais - 37% a mais que no ano anterior -, posicionando o Brasil como o segundo maior mercado consumidor do produto no mundo, segundo dados da Nielsen.
O entusiasmo com o segmento é tanto que o país sediará nesta semana, nos dias 8 e 9 de junho, a primeira edição da Nails Fashion Week, um evento voltado exclusivamente a apresentar as últimas tendências em esmalte.
Com investimento de R$ 2,5 milhões, o evento, sediado em São Paulo, colocará na “passarela” produtos das marcas Sally Hansen , Alessandro, Givenchy, Avon e Colorama. Para Luciana Medeiros, que organiza o evento junto com a sócia Adrianne Elias, a entrada de marcas como Arezzo e Chilli Beans no ramo reflete o excelente momento vivido pelo setor. “Tem empresas que não estão dando conta da demanda”, diz.
Segundo a empresária, a paixão de blogueiras e colecionadoras pelo tema ajudou a dar força para o fenômeno, que também é alimentado pela existência de produtos que atendem a todas as faixas de renda. “É o acessório mais democrático que existe Tem empresas que vendem produtos a partir de 1,50 real”, ressalta.
Assim como Carolina, Luciana se confessa uma vítima do próprio mercado. “É uma paixão. Não passo em frente a uma perfumaria sem levar pelo menos de 15 vidros pra casa”, revela.