Philip Morris: empresa acredita que cigarro começará a desaparecer (vchal/Thinkstock)
Mariana Fonseca
Publicado em 3 de novembro de 2017 às 06h00.
Última atualização em 3 de novembro de 2017 às 06h00.
São Paulo – Alguns funcionários do Japão conquistaram o direito de ter mais férias remuneradas de forma inusitada: eles alegaram que seus colegas fumantes tinham mais horas de descanso (e, portanto, trabalhavam menos) por saírem do local de trabalho para fumar.
Os não-fumantes da Piala Inc., empresa de marketing localizada em Tóquio, ganham ao todo seis dias de férias remuneradas a cada ano por conta do alegado trabalho extra que desempenham em relação aos outros funcionários.
A polêmica começou no início deste ano. De acordo com o The Telegraph, um membro não-fumante da empresa colocou uma mensagem na caixa de sugestões do negócio. No recado, dizia que os intervalos dos fumantes estavam causando problemas.
“Nosso CEO viu o comentário e concordou com ele. Por isso, estamos dando aos não-fumantes um tempo extra para compensar isso”, disse o porta-voz da Piala Inc., Hirotaka Matsushima, ao veículo.
Como era de se esperar, os fumantes não gostaram da notícia. Eles alegam que cada intervalo para fumar um cigarro leva cerca de 15 minutos apenas porque a Piala Inc. se encontra no 29º andar de um edifício – e qualquer um que queira fumar deve descer ao térreo ou subsolo.
Os não-fumantes não demoraram a aproveitar: apenas dois meses após o anúncio do benefício, 30 dos 120 funcionários da empresa de marketing já tiraram dias de folga pelo novo esquema, incluindo o porta-voz Matsushima.
Contando que usou o tempo para viajar com a família, ele afirmou ao The Telegraph que a decisão já incentivou quatro pessoas a pararem de fumar.