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Empreendedora aposta em estilo próprio para criar bonecos

Formalização abre novas possibilidades para Regina Straub, que já vendeu seus bonecos em biscuit para a TV Globo

Bonecos de biscuit feitos por Regina Straub: Detalhista, a artesã consegue até fazer a noiva voar de asa delta (Divulgação)

Bonecos de biscuit feitos por Regina Straub: Detalhista, a artesã consegue até fazer a noiva voar de asa delta (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 18h20.

Rio de Janeiro – Como colocar uma noiva voando de asa delta em cima do bolo de casamento? Regina Straub, artesã de Petrópolis, região serrana fluminense, levou um tempo quebrando a cabeça, mas acabou encontrando a solução quando decidiu desmontar um cabide e fez a asa modelando o metal. Como se não bastasse, ela ainda estava sendo puxada pelo noivo que estava em uma moto. Engenhosa, Regina conseguiu fixar a haste que sustenta a asa delta no bolo de uma maneira que distribui o peso da escultura.

Este foi um dos pedidos mais inusitados que a artesã recebeu. Aliás, o tradicional não faz mesmo parte do dia a dia dela. Os bonequinhos ganham uma releitura nas mãos de Regina Straub, quase sempre em situações bem humoradas, com direito a recriação dos hobbies do casal, camisas e bandeiras de times de futebol e até animais de estimação. O preço varia de acordo com o nível de dificuldade e dos detalhes encomendados.

Com pleno domínio da técnica de biscuit, uma massinha de modelar composta principalmente por amido de milho e cola, ela faz suas criações, com particular atenção para as feições do casal, muitos com direito a cirurgia plástica. “Eles me pedem mudanças como afinar o nariz ou diminuir as orelhas. Acho que é o medo de se verem reproduzidos como caricaturas, mas procuro imitar os traços com o maior cuidado e carinho. É o dia deles”, afirma a artista, que já atendeu até clientes do Japão, Itália e França.

A divulgação boca a boca acabou rendendo um convite para fazer os noivos na abertura da série Tapas & Beijos, da TV Globo. “A primeira pergunta que me fizeram é se eu tinha Nota Fiscal. Cheguei a pensar que poderia perder a oportunidade”, confessa.

Por medo de enfrentar um processo complicado, impostos altos, gastos com contador e advogado, Regina sempre deixou de lado a formalização do negócio. Mas como não queria perder este trabalho, foi ao escritório do Sebrae no Rio de Janeiro em Petrópolis. “Ai, foi um alívio! Recebi todas as explicações e vi que não era nada do que eu pensava. Tudo foi simples, rápido e o custo, mínimo. Nada parecido com o que pensava”, surpreende-se ela que se registrou como empreendedora individual em fevereiro.

Além de fechar o contrato para a série, depois da formalização ela diminuiu o custo das matéria-prima em cerca de 30% ao comprar como pessoa jurídica e vislumbra a possibilidade de prestar serviços para outras empresas. “Quando peguei meu primeiro bloco de notas fiscais, falei para o meu marido: agora eu sou uma firma. Hoje, eu me sinto mais importante e com tranquilidade para trabalhar”.

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