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Ele perdeu tudo num assalto, se reergueu e fatura R$ 180 milhões

Dono do Cebrac, rede de franquias com 149 unidades, o empreendedor Wilson Giustino conta como superou as dívidas para chegar ao sucesso.

O empreendedor Wilson Giustino, dono do Cebrac (Divulgação)

O empreendedor Wilson Giustino, dono do Cebrac (Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 27 de novembro de 2016 às 08h00.

Última atualização em 28 de novembro de 2016 às 10h31.

São Paulo – Toda vez que você pensar que não tem dinheiro para o seu negócio, lembre-se da história deste empreendedor: aos 56 de idade, Wilson Giustino é o dono do Cebrac, uma rede franquias de cursos profissionalizantes que faturou 180 milhões de reais em 2015.

O negócio, que tem 149 unidades, foi iniciado “com pouquíssimo dinheiro, cheques pré-datados e muita confiança de que daria certo”, lembra o empreendedor. Isso porque, quando iniciou a rede, Giustino ainda estava se recuperando financeiramente de um dos momentos mais difíceis de sua vida. Poucos anos antes, ele perdera tudo num assalto em São Paulo.

Na época com apenas 22 anos, Giustino tinha uma joalheria em São Paulo, o seu primeiro negócio. Mas a loja foi alvo de bandidos e o empreendedor perdeu todo o investimento. “Levaram tudo, o ouro que eu tinha ali e as joias de outras pessoas que estavam para ser consertadas. Fiquei com um prejuízo equivalente a 1 milhão de reais na época”, lembra.

Desse valor, ao menos 300 mil reais referiam-se a itens de outras pessoas – portanto, precisariam ser devolvidos. “Conversei com os clientes, expliquei a situação e disse que pagaria, mas não sabia exatamente quando. Levei um ano para conseguir começar a quitar”, conta.

Sem dinheiro, o empreendedor se mudou para Campinas e lá saiu em busca de um emprego urgente. Encontrou uma vaga como vendedor de uma escola de informática, uma área totalmente diferente da que ele estava acostumado. “Fui parar nesse ramo por acaso, por necessidade mesmo. Eu estava desesperado.”

Apesar de novo para ele, o negócio se mostrou promissor e Giustino decidiu abrir ele mesmo uma escola de informática. “Meu chefe na época me ajudou. Comprei tudo com cheque pré-datado”, lembra. A unidade foi aberta em Poços de Caldas, Minas Gerais.

Alguns anos depois, a escola abriu seu leque de atuação com cursos de secretariado e contabilidade. “Começaram a aparecer muitos cursos de informática, então eu precisava mudar”, afirma.

A abertura de novos cursos veio em 1995, foi um sucesso e deu origem ao que hoje é o Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos), uma rede que oferece aulas nas áreas de administração, saúde, tecnologia, línguas, dentre outros.

Com 93 unidades ativas e mais 56 já com o contrato assinado, a rede espera faturar 190 milhões de reais neste ano, contra 180 milhões no ano passado.

Para Giustino, os jovens empreendedores que desejam ter sucesso devem, em primeiro lugar, acreditar no negócio que pretendem iniciar.

“Eu sempre pensei positivo. Nunca comecei algo pensando ‘e se der errado?’. Já acreditava desde o início que daria certo. Acho que essa confiança é muito importante. Também procuro me afastar de quem pensa negativo”, afirma.

Outra dica é começar pequeno. “Se a pessoa for esperar ter um monte de dinheiro, fica meio difícil. Tem muita coisa que se pode começar com pouco dinheiro”, aconselha.

Leia também: Ele herdou um negócio cheio de dívidas –hoje fatura R$ 15 milhões

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