É possível fugir da CLT na hora de contratar um funcionário?
Escrito por Andrea Lo Buio Copola, especialista em gestão trabalhista e previdenciária
De acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), é considerado empregado quem possui:
• habitualidade;
• dependência econômica;
• subordinação;
• pessoalidade; e
• continuidade.
Portanto, para serem consideradas outras formas de contratação, os serviços prestados não podem ser exercidos de forma rotineira pelos mesmos profissionais, em horário pré-determinado e controlado.
No entanto, ainda temos os seguintes modelos de contratação que são regidos pela CLT:
• Terceirização – o vínculo empregatício é entre a empresa contratada e o empregado desta. No entanto, a empresa contratante responde de forma solidária e subsidiariamente por essa relação, por isso deve-se observar o arquivo e manutenção de diversos documentos.
A empresa deve terceirizar as atividades que não estão relacionadas à sua atividade fim. Atualmente não temos uma legislação que especifique a atividade fim, no entanto devemos nos basear na súmula 331 do TST.
• Temporários - para a prestação de serviço temporário é obrigatória a celebração de contrato escrito entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente, devendo constar:
a) O motivo justificador da demanda de trabalho temporário que deve ser aumento de demanda ou substituição de empregado;
b) tipo de remuneração, onde esteja discriminado o salário e encargos sociais.
Para fugir do tipo de contratação da CLT, podemos contratar os seguintes tipos de prestação de serviços:
• Autônomo - é o trabalhador que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, ou seja, por conta própria, de forma eventual e sem habitualidade para uma ou mais empresas;
• Representante comercial - é o tipo de contrato que exige onerosidade, continuidade. Admite pessoalidade e exclusividade no produto e empresa representados;
• Cooperados – é uma forma de união de esforços entre as pessoas para um determinado fim. Os membros da cooperativa não têm subordinação entre si, mas vivem num regime de colaboração;
• Prestador de serviços pessoa jurídica – é o tipo de serviço caracterizado pela prestação de serviços pelo próprio sócio, sendo contratado por projeto e o seu trabalho deve ter inicio, meio e fim, para que não seja caracterizado o vínculo empregatício;
• Estagiários – é o tipo de serviço caracterizado por estudantes do ensino regular, instituições de educação superior, de educação profissional, ensino médio. A contratação do estagiário é regida pela Lei no. 11.788/2008 e não pela CLT.
A formalização das contratações de estagiários é representada pelo Termo de Compromisso de Estágio, celebrado entre o estudante e a parte concedente, com interveniência da instituição de ensino. O estagiário fará jus a 30 dias de férias para cada ano trabalhado, jornada de 6 horas diárias e 30 horas semanais e prazo contratual máximo de 2 anos.
Portanto, como podemos notar, não há como contratar um funcionário sem ser regido pelo regime CLT.
O que as empresas podem fazer é contratar serviços conforme os modelos de contratação descritos acima e se atentar aos itens que estabelecem o vínculo empregatício de acordo com a CLT, pois a contratação de um empregado sem registro poderá ocasionar muitos transtornos e prejuízos financeiros à empresa.
É aconselhável estar sempre próximo a uma empresa de consultoria na área trabalhista e previdenciária visando ajudá-lo com a análise e planejamento das contratações, visando mitigar os riscos relacionados a este processo.
Andrea Lo Buio Copola é gerente trabalhista da PP&C Auditores Independentes.
Envie suas dúvidas sobre legislação para pme-exame@abril.com.br.
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1. Dia de sofá
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1/12 (Reprodução/ Facebook)
São Paulo – Os
documentários são uma ótima ferramenta para quem quer se informar sobre um assunto. E há muitos que tratam de temas importantes para o
empreendedorismo. Por isso, separamos dez documentários disponíveis na
Netflix para quem tem o seu próprio negócio, ou tem intenção de empreender. Os filmes falam dos mais diversos setores: das bebidas à impressão 3D, passando por histórias como a da antiga Atari, que dominou o mundo dos videogames nos anos 1980.
Quer se informar e relaxar ao mesmo tempo? Então navegue pelos slides acima e veja dez documentários para empreendedores escondidos na Netflix.
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2. 1 - Atari: Game Over
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2/12 (Divulgação)
O filme conta a história da Atari, empresa que dominou o mercado de videogames nos anos 1980 e teve sua derrocada após o fracasso do jogo “E.T.”, baseado no filme de Spielberg. O ponto central do documentário é a história de que a empresa teria enterrado os cartuchos do jogo que não deu certo. O filme fala sobre o fracasso, algo que pode estar no caminho de qualquer empreendedor.
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3. 2 - Burt’s Buzz
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3/12 (Divulgação)
O documentário fala sobre Burt Shavitz, um excêntrico criador de abelhas que acabou se tornando dono de uma famosa marca de cosméticos naturais e como é essa relação entre seu lado recluso e sua empresa bilionária.
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4. 3 - Jiro Dreams of Sushi
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4/12 (Divulgação)
O documentário fala sobre o chef de sushi Jiro Ono, de 85 anos, e seu restaurante super exclusivo em Tóquio. No documentário, o filho de Jiro, Yoshikazu, passa desafio de assumir o negócio, enquanto seu pai se dedica a criar o sushi perfeito. O filme é uma boa pedida para quem tem interesse em negócios familiares, tradição e também para aqueles que estão sempre em busca de melhorar seu trabalho.
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5. 4 - Iris
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5/12 (Divulgação)
O documentário conta a história da empresária Iris Apfel, que aos 95 anos é um ícone do mundo da moda. Para quem quer empreender neste setor, é um prato cheio. Mas o documentário também vai interessar a todos que querem empreender na área de economia criativa, ao mostrar como essa mulher enfrentou barreiras e se manteve ativa até hoje.
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6. 5 - Pump – Histórias do Petróleo
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6/12 (Divulgação)
O petróleo é combustível essencial para o transporte hoje e quem quer empreender nessa área precisa conhecer mais sobre o assunto. Este documentário contextualiza a origem de nossa dependência do petróleo, fala sobre o papel dos empreendedores numa possível mudança desse quadro e questiona: se existem outras soluções para gerar energia, por que seguimos dependentes?
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7. 6 - Print The Legend
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7/12 (Divulgação)
Esse filme é uma boa pedida para empreendedores interessados em tecnologia. O documentário fala sobre as impressoras 3D e a corrida das empresas que optaram por disputar esse mercado.
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8. 7 - Steve Jobs: Como ele mudou o mundo
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8/12 (Reprodução)
Steve Jobs é uma das maiores referências para empreendedores interessados em inovação 9e em como acreditar na sua ideia mesmo que todos digam o contrário). Neste documentário, é possível conhecer um pouco mais da história desse empreendedor e de como ele se manteve firme mesmo quando ninguém mais acreditava no sucesso da Apple.
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9. 8 - The True Cost
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9/12 (Divulgação)
O documentário fala sobre os impactos nocivos da indústria têxtil no meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas, que muitas vezes trabalham em condições insalubres para que o mercado seja abastecido com roupas de baixo custo. Além dos que têm interesse pelo setor, o filme é importante para todos os que se questionam sobre o impacto que o seu negócio tem para o mundo.
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10. 9 - Tony Robbins: Eu não sou seu guru
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10/12 (Divulgação)
Um dos palestrantes e coachs mais famosos do mundo dos negócios, Tony Robbins atrai legiões de fãs. Este documentário acompanha os bastidores do megaevento anual promovido por ele e traça um perfil deste “guru” pouco ortodoxo.
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11. 10 - Um Ano em Champagne
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11/12 (Thinkstock/Monkey Business Images/Stockbroker)
Gosta de um bom Champagne? Esse documentário acompanha produtores, empresários e especialistas na bebida, exclusiva da região de Champagne, na França. Para empreendedores interessados no mundo das bebidas em geral, é uma boa forma de conhecer a cadeia produtiva.
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12. Quer mais filmes? Veja essas opções de ficção:
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12/12 (Mike Blake/Reuters)