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Do Uber ao hotel: startup cria app que centraliza as "viagens de trabalho"

A empresa oferece a companhias como Cielo e Heineken a possibilidade de gerenciar apps de transporte, passagens áreas e reservas de hotel em um só lugar

Luciano Brandão (topo), Jordana Souza (esquerda), Eduardo Vasconcellos (direita) e Luiz Moura, fundadores da Voll: empresa foi criada em 2017 e hoje emprega cerca de 40 funcionários (Voll/Divulgação)

Luciano Brandão (topo), Jordana Souza (esquerda), Eduardo Vasconcellos (direita) e Luiz Moura, fundadores da Voll: empresa foi criada em 2017 e hoje emprega cerca de 40 funcionários (Voll/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 31 de outubro de 2020 às 08h00.

Última atualização em 31 de outubro de 2020 às 08h08.

A burocracia envolvida em uma viagem de trabalho pode ser mais cansativa que o deslocamento em si. Em muitas empresas, até mesmo pedir um táxi ou carro por aplicativo requer o preenchimento de formulários detalhados de reembolso. Ao perceber que a tecnologia poderia facilitar o processo, um grupo de amigos decidiu empreender juntos e fundar a startup Voll em 2017.

A empresa começou sua operação criando um aplicativo corporativo que reunia os principais serviços de transporte urbano das cidades: Uber, 99, Cabify e redes de táxi locais. Além da comodidade, a integração ajuda a garantir que funcionário da empresa cliente estivesse usando sempre o meio mais barato. Com essa solução, conquistou clientes como Cielo, Heineken e Vivo.

Agora, a partir de novembro, a startup lança uma nova versão do aplicativo. A empresa recriou a ferramenta para permitir que as companhias clientes gerenciem em um lugar só tudo que envolve uma viagem de trabalho. Fora os deslocamentos internos na cidade, será possível cotar passagens aéreas, reservar hotéis e pedir refeições dentro do novo app da Voll.

"Mapear a jornada de ponta a ponta, com operação e gestão digitais, permite mais eficiência e uma consequente redução dos gastos da empresa com estes deslocamentos”, afirma Luciano Brandão, presidente e cofundador da startup.

O modelo de monetização do serviço permanece o mesmo. Cada transação feita pela plataforma da Voll gera uma taxa, que precisa ser paga pela empresa com o restante da fatura no fechamento do mês. A startup se responsabiliza, então, pelos pagamentos aos negócios que prestaram o serviço, sejam eles companhias aéreas, empresas de táxi ou hotéis.

Trajetória da startup 

A empresa foi fundada por Luciano Brandão, Eduardo Vasconcellos, Jordana Souza e Luiz Moura. Os sócios se conheceram quando tinham vinte e poucos anos e eram funcionários da Localiza, de aluguel de veículos. Juntos, fundaram em 2008 a BTM, uma agência de viagens para o mercado corporativo. Ao perceber que não conseguiriam transformar o setor sem tecnologia, saíram para fundar a Voll.

Eles começaram a empresa com capital próprio. Com oito meses de operação, conquistaram o primeiro grande cliente: a Telefônica. Seus serviços reduziram os custos de transporte da companhia de telecomunicações em 30%, o que abriu as portas do mundo corporativo para a startup.

A Telefônica aproximou a Voll do seu braço de inovação e investimento, a Wayra. Em março deste ano, com a Iporanga Ventures, a Wayra liderou um aporte de 4 milhões de reais no negócio — o que ajudou na construção do novo produto.

Atualmente, a startup tem 200.000 usuários no seu aplicativo. Este ano, prevê um crescimento de 45% no seu faturamento e, em 2021, planeja triplicar o resultado. “Conhecemos bem este mercado. Com o novo produto, vamos poder ajudar ainda mais na jornada completa do viajante corporativo", afirma Brandão.

 

 

 

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