Diferença de salários entre os homens empregados nas empresas de maior porte e as mulheres é de 44,5%. Já nos pequenos negócios, essa diferença cai para 23,5% (PhotoRack)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2015 às 14h07.
Brasília - A diferença salarial entre homens e mulheres nas micro e pequenas empresas brasileiras caiu nos últimos 10 anos e é menor que a verificada nas médias e grandes corporações.
De acordo com o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Dieese, a diferença de salários entre os homens empregados nas empresas de maior porte e as mulheres é de 44,5%. Já nos pequenos negócios, essa diferença cai para 23,5%.
“Em dez anos, o número de empregos para mulheres nas micro e pequenas empresas cresceu 93% contra 58% para os homens. E a remuneração média delas avançou 36%, três pontos percentuais acima dos valores oferecidos aos homens”, informa o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Na última década, a desigualdade de remuneração entre homens e mulheres caiu três pontos percentuais nas micro e pequenas empresas ao mesmo tempo em que cresceu um pouco mais de um ponto percentual nas médias e grandes.
O mesmo levantamento mostra que, em média, é de 30% a diferença de salário entre mulheres que trabalham para grandes empresas e aquelas empregadas em negócios de menor porte. Enquanto isso, entre os homens, essa disparidade é de 40%.
A participação na massa salarial também seguiu a mesma tendência de crescimento da participação feminina. A soma das remunerações das mulheres nas micro e pequenas empresas aumentou 160% e, dos homens, 106% (descontada a inflação do período).
A mão de obra feminina nas micro e pequenas empresas corresponde a 38,6% do total de empregados e o setor que mais contrata mulheres é o de Comércio, seguido pelo de Serviços.