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Design thinking: o que é a metodologia que coloca o usuário em primeiro lugar

Empresas como Netflix, Airbnb e Natura são conhecidas por estudarem o público e desenvolverem ações efetivas com foco no cliente. Entenda como o design thinking funciona na prática

 (andresr/Getty Images)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de julho de 2024 às 16h56.

As empresas mais emblemáticas do século XXI têm várias coisas em comum. Listá-las pode ser uma tarefa extensa, que vai depender do que especificamente queremos discutir. 

No que diz respeito ao processo de inovação, uma das palavras-chave com certeza é: design thinking.

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Estamos falando, nada mais, nada menos, do que um processo que coloca o usuário como centro das decisões. E isso pode acontecer em qualquer processo, desde a concepção de um produto, até na mudança do posicionamento de marca.

Mas não somente grandes empresas — como Apple, Netflix e Natura — se beneficiam da prática. Muito pelo contrário! Beber na fonte do design thinking pode te ajudar a criar um negócio muito mais humano e com entregas acertadas. 

O que é design thinking?

Resolver problemas complexos com o ser humano em primeiro lugar: esse é o propósito do design thinking. 

Em uma sociedade em constante movimento, que lida com evoluções (e revoluções) tecnológicas, sociais e comportamentais, essa abordagem acredita que as pessoas são a principal fonte de consulta no processo de resolução de problemas. 

É preciso conhecê-las, entender suas dúvidas, desejos e questões — para somente depois disso propor soluções, como serviços ou produtos. Isso porque o design thinking é usado, principalmente, no universo corporativo. 

Quais são os pilares do design thinking?

Para chegar a essas respostas, que claramente não são fáceis, foram criados alguns pilares (ou bases). Dessa forma, acredita-se que os decisores serão capazes de entender mais sobre o seu público, ganhando as ferramentas necessárias para responder os já mencionados problemas com eficiência.

São três pilares ao todo: empatia, colaboração e experimentação.

Empatia

Aqui, a ideia é entender quais são os desejos e necessidades da pessoa usuária. Além disso, analisa-se também suas limitações e impedimentos na hora de tomar decisões. Isso é feito a partir de processos de observação e interação direta com o grupo.

Colaboração

A colaboração envolve equipe multidisciplinar, que trabalha em conjunto, cada uma com suas perspectivas e habilidades — com o poder de gerar ideias mais diversas e completas. 

Quanto mais colaborativo for o grupo que atua nesse processo, mais efetiva seria a abordagem de resolução dos problemas. 

Isso porque cada pessoa tem o seu próprio contexto, pensamento crítico, forma de executar o seu trabalho — e técnicas pessoais — que são muito valiosas do que quando feitas por um grupo homogêneo.

Experimentação

Uma boa ideia deve nascer da experimentação. O design thinking valoriza testes e prototipação para explorar diferentes ideias e possibilidades de solução dos problemas. 

A ideia é que o processo seja rápido — não na velocidade de entrega, mas sim na velocidade de criação e aprendizado. Evita-se a ideia de perfeição: são vários os protótipos, erros, brainstormings e testes até que a ideia final chegue à superfície. 

Para que o conceito do design thinking seja aplicado em sua essência, as pessoas usuárias devem ser consultadas sempre que for possível na experimentação. Seus feedbacks serão valiosos para que, de fato, a solução ideal para o público final seja a escolhida.

Por que o design thinking é importante?

Uma empresa pode achar que tem o melhor produto ou serviço em mãos. Os decisores podem estar certos e acreditarem muito na solução, mas de nada adianta se as necessidades reais de quem vai usufruir dessa entrega não forem consideradas. 

O principal benefício, então, é o cultivo de um mercado em que os usuários estão genuinamente satisfeitos. O foco permanece na criação de soluções que sejam intuitivas, funcionais e agradáveis de usar. 

Produtos e serviços desenhados com design thinking tendem a proporcionar uma experiência mais envolvente e satisfatória para os usuários!

Benefícios para a empresa

O design thinking coloca as necessidades, desejos e desafios dos usuários no centro do processo de concepção, garantindo que as soluções sejam realmente úteis e desejáveis.

E quando esses produtos e serviços focam no cliente desde a concepção, as necessidades dessas pessoas são atendidas de forma muito mais eficiente. O resultado? Aumento da satisfação e fidelização.

Outro benefício é que a criação de protótipos rápidos permite testar ideias de forma econômica, antes de investir pesadamente no desenvolvimento completo.

A identificação e correção de falhas nos estágios iniciais do desenvolvimento reduzem os riscos e os custos associados a mudanças tardias.

Um processo baseado no design thinking incentiva a criatividade, liberdade para errar e senso de protagonismo para todas as pessoas que atuam no desenvolvimento do projeto. 

Esses ambientes abrem portas para a criação de soluções inovadoras, pouco — ou ainda não — vistas no mercado, o que aumenta o diferencial de uma empresa. Até então, os benefícios estão diretamente relacionados com a proposta de valor da entrega. O que aumenta a receita e lucratividade.

Benefícios para o colaborador

Agora, também há uma gama de benefícios para os colaboradores. O design thinking promove a colaboração entre equipes multidisciplinares, integrando diversas perspectivas e habilidades no processo de design.

Esse ambiente estimula as melhores habilidades e sentimentos do time, que se sentirá ouvido, terá uma rotina mais confortável, com menos pressão e mais satisfação na empresa. 

Aqui, espera-se uma diminuição na rotatividade e em indicadores comportamentais negativos. 

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