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Criador da Elemídia funda 'banco' para influenciadores digitais

Ricardo Marques esteve à frente de uma das pioneiras da mídia out-of-home na virada dos anos 2000. Agora, investe no mercado de mais de 1 milhão de personalidades da mídia digital no Brasil

Manu Carvalho e Ricardo Franco Marques, idealizadores do Influencers Bank: mercado de influência movimenta 73 bilhões de reais (Divulgação/Divulgação)

Manu Carvalho e Ricardo Franco Marques, idealizadores do Influencers Bank: mercado de influência movimenta 73 bilhões de reais (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 23 de abril de 2022 às 08h00.

Um dos fundadores da Elemídia, empresa precursora da mídia out-of-home no Brasil, em 2003, o publicitário Ricardo Franco Marques está lançando o Influencers Bank, a primeira instituição financeira dedicada a influenciadores digitais no Brasil.

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A missão do Influencers Bank é a de tentar organizar a vida financeira de celebridades online, muitas delas sem tempo para olhar os rendimentos em meio a uma postagem ou outra.

O carro-chefe do banco digital promete ser a antecipação de recebíveis, a solução para um problema e tanto no setor.

Um conteúdo publicitário feito por um influenciador — o popular "publi" —, normalmente é pago seguindo os mesmos tratos comerciais dos anunciantes com as agências de publicidade convencionais: em parcelas de 30, 60, 90 ou até 150 dias depois da postagem.

"Uma empresa costuma ter estrutura financeira para esperar tanto tempo", diz Marques. "Um influenciador raramente tem."

Além de adiantar recursos, o Influencers Bank tem como chamariz linhas de crédito para aquisição de aparelhos eletrônicos — um celular de ponta é uma ferramenta de trabalho poderosa na mão de um influenciador —, além de um financiamento dedicado aos gastos com impulsionamento de postagens nas redes sociais.

O modelo de negócio do Influencers Bank surgiu após quase uma década de experiência de Marques com a mídia digital.

Em 2014, cinco anos depois da venda de 50% da Elemídia ao fundo americano Tiger Global, Marques fundou a Spark, uma plataforma de gestão da carreira de influenciadores, em sociedade com um grupo de investidores famoso por si só — na lista estão Marcus Buaiz (empresário dono de mais de 150.000 seguidores só no Instagram) e o ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno.

Em paralelo, Marques investiu ainda em outros negócios de tecnologia para mídias como a GDB Mídia, a operação brasileira da plataforma de vídeos Vevo, além das empresas de marketing de influência Mynd e Humanz Brasil.

"O mercado cresceu e evoluiu muito, mas certas questões se mantiveram sem solução financeira", diz ele.

Para ser o CEO do Influencers Bank, Marques trouxe Martius Haberfeld, até então head de canais digitais de pessoa física no banco Safra.

A empresária Manu Carvalho também embarcou nessa jornada como cofundadora do novo banco. Jornalista, influenciadora e empresária, acumula mais de 12 anos de carreira e conta com uma vasta experiência em marketing de influência.

Uma das pioneiras desse segmento, tem mais de 5 milhões de impactos por mês. “Manu Carvalho traz uma visão macro do que realmente dá match”, diz Marques.

Fundos FIDC já sinalizaram interesse em se juntar ao modelo de negócios do Influencers Bank, como o Kviv Ventures, gerido pelo Raphael Klein, da família fundadora da varejista Via. 

“Eles querem estar plugados ao modelo via API, principalmente para atuar no nicho das transações financeiras entre agências de publicidade e de empresas de diversos setores ligados ao marketing de influência e produção de conteúdo”, diz.

O Influencers Bank contará com duas fases de lançamento. A primeira será o registro oficial da nova instituição financeira no Banco Central por meio da parceria feita com o uma fintech que recentemente recebeu um grande investimento.

De acordo com Marques, o foco inicial do banco serão os créditos de antecipação dos recebíveis antes mesmo do lançamento no dia 12 de Setembro, inicialmente para grandes influenciadores.

“Todos os acionistas e investidores estão entusiasmados com o modelo do Influencers Bank. Isso sem contar na expectativa em relação à segunda fase do projeto, que será ainda mais disruptiva”, comenta o fundador, referindo-se ao avanço para o mundo dos ativos digitais.

Nessa etapa serão lançadas as NFTs Cripto Currencies e Exchange, por meio do Influencers Coin e Creators Coin.

Nas contas de Marques, são mais de 1 milhão de influenciadores no Brasil. Juntos, esse exército movimenta 73 bilhões de reais.

Durante os próximos meses, de acordo com Marques, o banco estará operando o MVP e em breve apresentará a captação via M&A.

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