Frederico Tonietto e Luiz Fernando Ribeiro, fundadores da Styme: empresa projeta faturar 1,4 milhão de reais em 2021 (Sony/Divulgação)
Carolina Ingizza
Publicado em 16 de fevereiro de 2021 às 12h24.
Mesmo atuando em um dos setores mais afetados pela pandemia, o de bares e restaurantes, a startup Styme saiu do programa Shark Tank com dois sócios de peso: o empresário e ator Caio Castro e a investidora Camila Farani. A dupla comprou 10% de participação no negócio por 300.000 reais, apostando que o segmento de alimentação irá precisar de tecnologia no pós-pandemia.
Fundada em 2018 por Frederico Tonietto e Luiz Fernando Leite Ribeiro, a Styme oferece um cardápio digital e uma ferramenta de gestão de fila para bares e restaurantes. Entre seus clientes estão marcas como Ragazzo, B de Burguer e Cachaçaria Água Doce. Até então, a empresa havia recebido 700.000 reais de investidores-anjo.
Tonietto, atual presidente da Styme, teve a ideia para o negócio quando viajou para os Estados Unidos e Canadá e percebeu que até mesmo os pequenos restaurantes do interior usavam tablets para substituir os cardápios tradicionais. De volta ao Brasil, o administrador, que trabalhou na startup AgroTools e no banco Credit Suisse, foi em busca de um sócio para poder tirar a ideia do papel.
Amigos em comum o apresentaram a Ribeiro, que tinha experiência no setor de alimentação. Formado na ESPM, o empreendedor trabalhou como trainee da rede de padarias Benjamin e depois na área de operações da rede de fast food Wendy's Company.
Segundo os sócios, as ferramentas da empresa se tornaram ainda mais relevantes durante a pandemia. Com o cardápio digital, os clientes evitam contato com os garçons e podem fazer o pedido sozinhos na mesa usando um tablet. O software mostra fotos dos pratos e ainda faz sugestões de acompanhamentos. A empresa afirma que a solução consegue aumentar o valor médio de compra em até 25%.
Já o sistema de gestão de fila substitui a lista de espera com papel, caneta e pager eletrônico — evitando aglomerações na porta dos restaurantes. O cliente cadastra seu número de telefone ao chegar ao bar ou restaurante e recebe via SMS sua posição na fila de espera. Em média, segundo a Styme, a tecnologia diminui em 9% a taxa de desistência dos clientes.
Os restaurantes pagam, em média, cerca de 40 reais por mês por mesa atendida para poder usar os softwares. A Styme não oferece os tablets, que podem ser comprados por cerca de 500 reais ou alugados por uma mensalidade de 50 reais.
A empresa, que ainda não atingiu o ponto de equilíbrio, faturou aproximadamente 150.000 reais em 2020 e projeta faturamento de 1,4 milhões para este ano. O crescimento na receita, segundo os fundadores, será resultado de um investimento maior em vendas e em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções. “Nossa missão é melhorar a experiência de comer fora de casa”, diz Tonietto.