Durante o Spark Awards, maior premiação do universo das startups, a Sympla recebeu o prêmio de melhor startup do ano. A que se deve esse reconhecimento? O que é preciso para ser a startup da vez? Rodrigo Cartacho, Cofundador e CEO da Sympla, conversou com o Startupi e contou detalhes da sua jornada empreendedora e da criação da empresa.
Para começar, se você foi em algum evento de empreendedorismo esse ano, com certeza você passou por uma página da Sympla. A Sympla é uma plataforma inteligente para venda e gestão de ingressos e inscrições. Voltada para produtores de eventos de pequeno e médio porte, o produtor pode criar uma página personalizada, atrair público via redes sociais, ter controle de bilheteria, vender ingressos físicos e online. Conta com tecnologia integrada para impressão de ingressos e check-in na portaria dos eventos, tornando mais ágil o processo de entrada.
Rodrigo começou a empreender muito cedo, para se ter ideia, a Sympla é o sétimo empreendimento de Rodrigo. “Este espírito empreendedor sempre esteve comigo, desde criança e acho que foi o caminho natural para mim. Sempre gostei muito de construir; objetos, negócios, histórias…”, contou ele durante a entrevista.
A ideia da Sympla surgiu quando dois dos fundadores, que haviam trabalhado desenvolvendo uma plataforma de gerenciamento de eventos para o uso interno do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), se juntaram ao terceiro sócio, que além da experiência empreendedora, conhecia também sobre a produção de eventos no Brasil e foi aí que decidiram criar uma plataforma self-service com foco no mercado brasileiro.
Logo no início, a Sympla recebeu investimento anjo de valor não divulgado. Segundo Rodrigo, foram investimentos muito mais estratégicos do que capital. A startup não passou por nenhum processo de aceleração e acreditem, não foi preciso pivotar.
A Sympla iniciou o ano de 2015 com 12 pessoas na equipe, chegou a 50 funcionários em dezembro e inicia 2016 com novas vagas abertas. A sede da Sympla está em Belo Horizonte, mas já existe equipe no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Falando em Belo Horizonte, a Sympla faz parte do San Pedro Valley, considerada a melhor comunidade de startups do Brasil. Rodrigo conta que a comunidade se destaca muito entre as outras pela parceria e a troca de conhecimento constante e gratuita que acontece entre as startups. A oportunidade de trocar as lições aprendidas, diminui a curva de aprendizado, poupa tempo, recursos e potencializa as oportunidades de todo o ecossistema.
“Não há uma semana sequer que eu não me reúna com pelo menos uma startup de San pedro Valley para troca de experiências. Da mesma forma, os nossos funcionários e suas equipes também se reúnem frequentemente para acelerar o aprendizado sobre temas específicos. Buscamos crescer juntos para crescer mais rápido”, afirma Rodrigo.
Em números gerais, a Sympla já vendeu mais de 2.500.000 ingressos, em 1.800 cidades, em mais de 35.000 eventos realizados por 8.000 produtores. Uma média de 7 ingressos vendidos a cada minuto nos últimos meses. Em 2015, a Sympla atingiu o marco de 2500 eventos simultâneos, tornando-se o site com o maior número de eventos à venda no Brasil.
Sobre seu maior desafio como empreendedor, Rodrigo acredita que cada nova etapa da empresa é o seu maior desafio. “Costumo brincar que mudam os problemas, mas sempre se mantêm a intensidade destes. Cada etapa traz desafios novos, que demandam outros conhecimentos e soluções. Ao mesmo tempo, acredito que isso é o que alimenta o sonho empreendedor. Somos movidos por desafios e quanto mais difíceis de superá-los, maior a vontade de empreender”.
E o que faz da Sympla a melhor startup do ano? Segundo Rodrigo, a Sympla é 100% orientada ao cliente. Eles focam em criar e desenvolver constantemente o melhor produto e modelo, para que a experiência dos usuários, tanto os produtores de eventos como os compradores, seja a melhor possível. “Nosso nome vem de simplicidade, uma característica que está presente em nosso DNA. Nosso maior diferencial é oferecer uma plataforma e experiência extremamente completa, mas não complexa, junto a um relacionamento humano e focada no sucesso do cliente”.
Para 2016, apesar dos fatores externos como a crise que vivemos no Brasil, Rodrigo se mostra otimista dizendo que será uma ano incrível para a Sympla. “Temos premissas e um modelo bem validado, nosso foco será no crescimento de nossa base de eventos, em todos os tipos de evento e por todo o Brasil”, finaliza o empreendedor.
E em 2016? Qual será a startup do ano? Quais são suas apostas?
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1. Ideias incríveis
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1/17 (Thinkstock)
São Paulo – 2015 não foi um ano fácil para a maioria das empresas. Porém, algumas aproveitaram o momento de crise para criar
ideias de negócio inovadoras e obter muito sucesso. Esse é o caso das
startups que você irá conferir ao navegar pelos slides acima. Especialistas ouvidos por EXAME.com selecionaram negócios, nacionais e internacionais, que se destacaram neste ano. As indicações são de Camila Farani, do Mulheres Investidoras-Anjo (MIA); Cássio Spina, presidente da Anjos do Brasil; Fernando Rivera, da Start You Up; Manoel Lemos, do Redpoint eventures; e Vitor Andrade, do Start-Up Brasil. Veja startups para se inspirar e entrar em 2016 já sabendo de negócios que impactaram (e impactam) o mercado.
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2. 33e34
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2/17 (Divulgação)
A 33e34 é um e-commerce especializado apenas na venda de sapatos femininos nessas duas numerações.
Ser uma loja de nicho é crucial para o sucesso obtido, afirma Camila, que também é investidora no negócio. “Sendo de nicho, a 33 e 34 enfrenta uma concorrência menor e é achada mais facilmente na internet. Com isso, não precisa investir tanto em marketing”, diz a investidora. O negócio conseguiu três investimentos neste ano.
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3. Cellseq
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3/17 (Thinkstock)
A startup da área de biomedicina tem como proposta diminuir a experimentação animal em exames laboratoriais. É possível para os chamados “ensaios” com diversos tipos de tecido, incluindo o de células-tronco retiradas do tecido adiposo (gordura). É possível usar os serviços para pesquisas científicas e de desenvolvimento de medicamentos e agrotóxicos, por exemplo. Para Rivera, o inovador do negócio é essa preocupação em reduzir os testes com animais – além de uma preocupação ambiental, os resultados são mais próximos ao que seria esperado em humanos.
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4. Chefs Club
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4/17 (Reprodução/Chefs Club)
O Chef’s Club é uma plataforma que oferece descontos em cerca de 1.600 restaurantes. Os descontos variam de 30% até 50% do custo inicial da refeição, e podem ser adquiridos por meio de uma assinatura do serviço. Segundo Spina, o negócio se beneficia dos momentos de recessão, por oferecer uma solução para economizar. “Eles têm uma grande base de estabelecimentos cadastrados, e se aproveitaram desse momento para crescer”, afirma. O negócio tem apoio da Anjos do Brasil, da qual Spina é presidente.
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5. Lyft
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5/17 (Divulgação)
O Lyft é uma startup americana que funciona de forma similar ao Uber, mas com pessoas comuns dando caronas no lugar dos motoristas cadastrados. Todos os usuários da plataforma passam por uma checagem antes de poderem oferecer as viagens para quem requisitar o serviço pelo aplicativo. O pagamento é feito pelo próprio celular.
Esse é um exemplo da chamada economia compartilhada, um modelo de negócios que veio para ficar, afirma Camila. “O Lyft vem conseguindo aportes e é considerado um unicórnio, um futuro topo da pirâmide desses grandes negócios”, diz a investidora. Para 2016, o negócio já prevê uma receita anual bruta de 1 bilhão de dólares.
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6. Magnetis
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6/17 (Thinkstock/Pogonici)
A Magnetis é uma consultoria financeira que permite personalizar planos de investimento e acompanhar os rendimentos de forma online. A ideia é que o cliente possa montar uma carteira de acordo com seus interesses, não se restringindo às opções do seu próprio banco. “Eles criam soluções para que qualquer um possa acessar uma consultoria financeira de qualidade. Ou seja, aumentam o acesso a esse serviço e fazem a diferença na vida das pessoas”, defende Lemos. A startup recebeu um investimento liderado pelo fundo Monashees e que contou também com Redpoint eventures, 500 Startups, NH Investimentos e o investidor Guilherme Horn.
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7. MaxMilhas
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7/17 (Reprodução/MaxMilhas)
O portal MaxMilhas é um marketplace que conecta pessoas que queiram vender suas milhas com aquelas que querem viajar economizando. Esse foco em poupar dinheiro é o que faz o MaxMilhas ser bem-sucedido, afirma Andrade. “Em um contexto de redução de desperdícios, o negócio possui um modelo de negócios inovador. A empresa apresentou um crescimento acelerado em 2015 e irá atingir um faturamento de sete milhões de reais”. A empresa é apoiada pelo Start-Up Brasil, do qual Andrade é gerente.
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8. Memed
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8/17 (Adam Berry/Getty Images)
A Memed auxilia o médico a fazer prescrições, fornecendo informações atualizadas sobre medicamentos e permitindo a prescrição digital. Neste ano, a startup recebeu um investimento de 500 mil dólares, realizado pelos fundos Qualcomm Ventures, Astella, Redpoint e Monashees. Para Andrade, esse é um dos sinais de crescimento da empresa. Ele também cita a ampliação das especialidades médicas atendidas neste ano (antes, havia o foco em dermatologistas) e os planos de disponibilizar o serviço para médicos da rede pública de saúde do estado de São Paulo. O negócio é apoiado pelo Start-Up Brasil. Segundo Lemos, o negócio consegue, de uma maneira muito inteligente, resolver o problema dos erros nas prescrições médicas comuns. A Memed também conquistou uma boa aceitação na área médica, segundo o investidor. O Redpoint eventures também investe no negócio.
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9. Miarte
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9/17 (Divulgação)
A Miarte é um e-commerce de sapatos femininos que decidiu funcionar por meio de franquias: o franqueado cria uma página sua no site, com o estoque que adquiriu por meio do investimento inicial, e divulga e vende os calçados. Ele fica com uma parte do valor de cada produto. “Eles estão crescendo muito em um setor tradicional, porque inovaram no modelo de negócio”, afirma Spina, que investe no negócio pela Anjos do Brasil. “É uma franquia online e com custo quase zero. É bem oportuno para momentos de crise, nos quais as pessoas procuram alternativas de renda”.
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10. Minuto Seguros
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10/17 (iStockPhoto)
A Minuto Seguros é uma corretora de seguros multicanal, que comercializa seus produtos pela internet. No site, é possível pesquisar, comparar, cotar e comprar seguros de carro, de casa, de vida, de viagem e de eletrônicos, por exemplo. Segundo Lemos, a Minuto Seguros é líder no ramo de corretagem de seguros online. “Eles fazem um trabalho muito bom em um setor mais tradicional, em que os clientes precisam de muita segurança para adquirir o seguro”, afirma.
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11. Nubank
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11/17 (Nubank/Divulgação)
A startup Nubank tem como principal produto os cartões de crédito sem tarifas, taxas de anuidade e com juros abaixo da média. Neste ano, o negócio recebeu um aporte de 90 milhões de reais, liderado pelo fundo Tiger Global Management e com outras instituições que já investiam, como Sequioa Capital, Kaszek Ventures e QED Investors.
Segundo Lemos, essa empresa de Fintech (tecnologia na área de finanças) conseguiu rodadas de captação que não eram comuns no Brasil. “Eles têm a mistura entre produtos que resolvem problemas reais, cultura de empresa certa, equipe adequada e sucesso na venda de suas soluções. Tudo isso permite que eles continuem captando dinheiro para a operação”.
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12. Nutrebem
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12/17 (Reprodução/Nutrebem)
A Nutrebem tem um propósito muito claro: levar uma alimentação mais saudável para estudantes. Quando eles estão na escola, é difícil saber que tipo de alimento ou bebida consomem com o dinheiro dado pelos pais. Por isso, a startup resolveu criar um cartão que permite a gestão online dos créditos e mostra o que foi consumido. Há também uma avaliação posterior da alimentação do aluno. “Vemos diversas ações do governo que obrigam as escolas a melhorarem a alimentação da criança. Isso vai ao encontro da proposta da Nutrebem, que já está em 45 locais de ensino”, ressalta Camila, que investe no negócio.
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13. Resultados Digitais
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13/17 (Divulgação/RD)
A Resultados Digitais é uma startup na área de marketing digital. Seu principal produto é o RD Station, uma plataforma que reúne diversas ferramentas da área. Neste ano, o negócio conseguiu um aporte de 15 milhões de reais, feito pelos fundos Redpoint eventures, DGF Inova e Astella.
Lemos, que é investidor do negócio, ressalta que a empresa guia o pensamento sobre marketing digital feito no país neste momento. “O negócio se posicionou como líder desse mercado, e apresenta números de crescimento incríveis”.
Segundo Camila, ainda há mais espaço para expansão. “A Resultados Digitais tem um mercado muito grande e com muito espaço a ser explorado. Também tem um modelo muito replicável”.
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14. Tesla
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14/17 (Divulgação/Tesla)
A fabricante de automóveis Tesla é considerada uma das empresas mais inovadoras do mundo. Por isso, mesmo que já seja um negócio mais consolidado, ela ocupa um lugar nesta lista. “Acho importante destacá-la porque, além de ter ultrapassado marcas de luxos nos EUA em termos de vendas, ela une eficiência, sustentabilidade e design”, ressalta Rivera.
O especialista também destaca o plano do negócio com baterias de última geração, movidas a energia solar, o que mudará a produção e a distribuição energética em escala global.
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15. Uber
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15/17 (Sergio Perez / Reuters)
O Uber é um serviço de transporte privado urbano que funciona por meio de um aplicativo próprio. A startup, que já vale mais do que a Ford e a General Motors, entrou em disputa com governos e taxistas ao chegar ao Brasil.
Segundo Spina, o Uber consegue aproveitar essas polêmicas para fazer com que o negócio cresça. “Essas situações adversas geram mais barulho e mais clientes para eles. Eles são um exemplo de como tirar vantagens em um contexto desfavorável”.
Para Lemos, as questões que o Uber propõe têm um grande impacto na sociedade brasileira e nos fazem repensar o funcionamento de diversas áreas. “Isso vai muito além do próprio Uber, trazendo conceitos como a economia compartilhada, por exemplo”.
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16. ZeroPaper
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16/17 (.)
A ZeroPaper é uma startup que promete uma gestão financeira simples para sua empresa. Por meio do programa QuickBooks ZeroPaper, os empreendedores podem emitir boletos bancários, ver contas a pagar e a receber, formular relatórios e receber alertas por e-mail e SMS. O negócio foi comprado pela americana Intuit neste ano. “Há um foco muito grande no desenvolvimento do cliente, e isso foi muito importante para o negócio”, afirma Camila. “Eles não só fazem controle de finanças, mas entendem as dificuldades do usuário e as transformam em utilidades dentro da plataforma”.
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17. Veja agora negócios que começaram com pura criatividade:
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17/17 (Thinkstock)