São Paulo - Em seu artigo Empreendedorismo, Normas e o Ciclo Econômico (Entrepreneurship, Norms, and the Business Cycle), Simon C. Parker analisou a literatura acadêmica e as soluções políticas existentes para descobrir como empreendedorismo e crescimento econômico estão relacionados, e o que os governos podem fazer para usar a criação de empregos como um estímulo. Veja o que ele descobriu:
O número de empreendedores acompanha o crescimento econômico, crescendo em “booms” e diminuindo em crises
Ainda que sejam desconhecidas as causas desse fenômeno, Parker especula que a expansão econômica pode permitir aos novos empreendedores investir mais, gerando negócios para outras empresas.
Financiamentos para novos negócios também são mais acessíveis em tempos de crescimento econômico, e muito mais limitados em uma recessão, bem quando as empresas mais precisam desses recursos.
Os políticos deveriam intervir a favor dos empreendedores em períodos difíceis
Incentivar a criação de novos negócios pode ser uma saída para a recessão. Novos negócios geram um número desproporcional de novos empregos, e os desempregados têm mais chances de se tornarem empreendedores do que trabalhadores empregados. Parker também lista uma série de soluções políticas que podem apoiar o emprego e o crescimento do consumo:
Trabalhe junto aos bancos para manter os empréstimos a pequenas empresas em uma recessão
Os governos podem diminuir os impactos negativos da queda nos empréstimos do setor privado apoiando os bancos no crédito às pequenas empresas, ou tomando para si parte dos riscos através de programas de garantia de empréstimos. Em resposta a normas bancárias mais rígidas após uma crise, alguns governos até mesmo já abriram bancos estatais voltados a pequenas empresas.
Apoie o capital de risco em tempos difíceis (e somente em tempos difíceis)
Não é novidade que o capital de risco acompanha de perto a economia: ele é abundante durante o crescimento econômico, mas desaparece nas crises.
O apoio desregrado do governo ao capital de risco em épocas de crescimento pode até ocasionar bolhas especulativas, mas o apoio público ao capital de risco privado em tempos de recessão pode estimular a economia através do incentivo ao empreendedorismo, que por sua vez fomenta o consumo.
Assim como a Kauffman Foundation, Parker também diz que fornecer incentivo ao capital de risco privado é preferível a criar empresas públicas de capital de risco.
Invista recursos públicos para atrair empreendedores para áreas em depressão econômica
Ao usar o empreendedorismo como uma ferramenta de desenvolvimento local, os líderes políticos devem julgar se são os grandes ou os pequenos negócios quem vão ajudar mais a região a sair ilesa da crise econômica.
Grandes negócios tendem a suportar melhor as crises, mas pequenos negócios locais tendem a se importar mais com o destino de uma região e com os seus habitantes.
Forneça programas de apoio ao emprego e serviços de consultoria a empresas
Os governos podem incentivar desempregados a se tornarem empreendedores ao diminuir os riscos de se administrar um negócio próprio: mesmo se eles fracassem, os empreendedores poderão contar com benefícios públicos.
Esta medida pode sem querer causar o crescimento de negócios malsucedidos que podem vir a quebrar em um ou dois anos, mas ainda assim ela pode gerar no curto prazo um oportuno crescimento de consumo.
Artigo originalmente publicado e gentilmente cedido pela Endeavor Insights.
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1. Mais com menos
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São Paulo - Se o negócio está andando a passos de tartaruga, uma explicação comum é a de que o contexto do setor está ruim. Porém, o problema pode ser agravado pela atitude do
empreendedor. Quando ele não é
produtivo, está desperdiçando tempo e dinheiro, recursos valiosos para impulsionar a pequena empresa ou franquia. Por isso, selecionamos dez dicas essenciais para que ele possa fazer mais com menos. As sugestões foram dadas por José Balian, professor do curso de administração da ESPM e coordenador da Incubadora de Negócios da escola; Marcello Lage, empreendedor e professor da Business School São Paulo (BSP); e Marco Aurélio de Sá Ribeiro, coordenador do Centro de Empreendedorismo Ibmec (CEI) e Coordenação de Mercado e Inovação (CMI).
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2. Planeje
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Pode parecer óbvio, mas muitos empreendedores descartam o planejamento da sua agenda. "Eles têm uma compulsão por sair executando, sem planejar", diz Ribeiro. Com isso, podem até ter de refazer atividades, sem nem perceber que elas já foram executadas. A falta de planejamento é vista, inclusive, na parte financeira. "Muito tempo é gasto buscando capital de giro para o negócio, o que deveria ter sido feito antes. O empreendedor está mais preocupado em pagar as contas do que ganhar dinheiro", afirma.
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3. Priorize
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Para escolher o que merece sua atenção, destaque dois fatores: urgência e importância. "Uma ligação de telefone pode parecer urgente, mas, se o assunto pode ser discutido depois, então não é importante, ao menos por enquanto. Saiba trabalhar com essas noções", afirma Balian. Outro ponto importante é, quando começar uma tarefa, terminá-la antes de assumir outras. "Na verdade, a gente não é multitarefas. Se você faz três tarefas ao mesmo tempo, nenhuma é resolvida direito, porque há a distração. Começar e terminar alguma coisa dá um sentimento de realização e motiva a iniciar outra atividade".
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4. Reflita
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Existem momentos para ser mais operacional, mas reservar uma parte do seu dia para possíveis ideias pode valer a pena no futuro. O empreendedor deve ter tanto uma visão mais focada quanto uma periférica, para perceber aquilo que quem olha apenas para o curto prazo não enxerga, afirma Lage. O empreendedor e professor recomenda comprar uma lousa e fazer dois círculos: "o que é preciso fazer agora" e "quais são minhas futuras oportunidades". A atividade tira poucos minutos do dia a dia e, alguma hora, a empresa irá perceber qual o próximo passo para crescer, poupando tempo que o empreendedor gastaria para planejar o próximo passo do zero.
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5. Delegue
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Você acha que deve fazer tudo dentro da empresa? Então está perdendo a chance de se concentrar apenas naquilo em que você é melhor: empreender. "O empreendedor precisa delegar o trabalho mais braçal para os seus funcionários, sem resolver uma série de problemas que poderiam ser delegados. Assim, o tempo é usado para trabalhos como lançar a empresa no mercado e captar investimentos", diz Ribeiro. Por isso, busque sempre as pessoas que entendem de cada área do negócio e não tente fazer tudo sozinho, do zero. Segundo o professor, achar que tem pouco dinheiro para investir em bons profissionais, no fim, sai caro, inclusive em tempo perdido.
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6. Organize
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6/9 (Thinkstock/Lichtmeister Photography Productions)
Perder tempo demais procurando documentos espalhados por aí ou correndo atrás de alguma informação é algo que pode e deve ser evitado. "Sem a mesa limpa, você começa a trabalhar em uma tarefa e vê que tem de fazer outra coisa, deixando de fazer aquilo que havia se programado", afirma Balian. Para isso, o professor recomenda sumir com itens desnecessários do armário e da gaveta. Apenas o que você usa todo dia tem que estar perto. Já Ribeiro diz ser essencial ter sistemas de informação adequados dentro da empresa, tanto para o meios digital quanto para o físico.
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7. Conheça
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Pode parecer contraditório, mas gastar tempo aprendendo sobre como outros mercados funcionam pode gerar um ganho de produtividade no seu negócio. Por isso, não fique apenas olhando para sua empresa e para os concorrentes, que fazem algo muito próximo. "Cada vez que você tem uma visão do outro, as informações são inseridas na sua visão de negócio. Com isso, você desenvolve ferramentas de produtividade que servem para todas as suas ações", diz Lage.
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8. Acredite
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8/9 (Flickr/Creative Commons/Mish Sukharev)
Um último obstáculo para a produtividade do empreendedor e do negócio é o medo de tomar ações, que pode ser gerado tanto por motivos pessoais quanto por um pessimismo visto no setor de atuação. "Escute o que os outros estão dizendo, mas olhe para a situação específica da sua empresa e o que ela pode oferecer. Grandes empreendedores fizeram sucesso indo na contramão do mercado e criando soluções para ele", recomenda Lage.
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9. Quer ter sua própria empresa, mas não sabe como?
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