Como negociar com um parente sem comprometer a relação?
Escrito por Luiz Marcatti, especialista em empresas familiares
Negociação é, antes de tudo, um exercício de relação interpessoal, cuja qualidade poderá contribuir de maneira decisiva para o seu resultado final. As pessoas trazem, para as negociações, suas necessidades e expectativas em relação ao produto, mas não deixam de lado os sentimentos envolvidos nessa tarefa, afetadas pelo momento que estão vivendo e as pressões que envolvem cada parte.
A sensação de vitória por uma negociação bem conduzida, ou o gosto de derrota que traz a perda de um negócio, pode definir se continuarão vivas as relações entre as partes. Caso exista a sensação de que alguém levou vantagem em relação ao outro, a negociação não pode ser considerada bem-sucedida. Quem está do lado favorecido pode até sentir que ganhou, mas dificilmente o derrotado terá um interesse genuíno em voltar a fazer negócios com essa pessoa.
Quando estão envolvidas as relações familiares, potencializam-se questões emocionais, atuais ou passadas, que podem ser grandes facilitadoras ou enormes obstáculos a serem transpostos. Nesses casos, não raro, vêm à tona problemas de disputas no âmbito familiar atual e até mesmo herdados de gerações anteriores.
O ponto chave para mitigar esses riscos, possibilitando estabelecer um ambiente saudável para negociar com familiares, é, acima de tudo, focar nos interesses coletivos.
Como coletivo pode-se entender o que é melhor para a empresa, para a sociedade e para a família. Qualquer negociação que crie algum tipo de privilégio, principalmente pelo fato de haver parentesco nas relações, estará desequilibrando a balança a favor de um, em detrimento dos demais.
Quando se trata de sociedade, o melhor caminho para estabelecer o benefício comum é a formalização de um Acordo Societário, onde estarão claras as regras do processo decisório, do uso do poder, do que pode e do que não pode ser feito.
Muitos dos conflitos entre sócios aparecem em situações não previstas, que demandam uma decisão e que podem deixá-los em posições opostas, pela ausência de regras para guiá-los. O acordo societário também traz o benefício de facilitar a transmissão das regras da sociedade para os herdeiros.
Quando a questão envolve parentes atuando como fornecedores, prestadores de serviços ou como clientes, considerar o coletivo também é imprescindível. As condições de preço, de prazo, de crédito e de entrega, entre outros, devem estar estabelecidas nas políticas comerciais das empresas. As demandas devem ser reais, os preços e os prazos de pagamento devem ser compatíveis com os encontrados na concorrência. Todos os aspectos sempre devem ser tratados com a maior transparência, para todas as partes envolvidas.
Se a intenção é de ajudar um parente, que se faça no âmbito pessoal, não camuflado nos negócios. De outra forma, sempre estará presente um componente que não é possível de ser mensurado, que é o favor que se faz ou se recebe de alguém. Acrescente-se a isso o questionamento de quem se sentiu prejudicado pelo benefício dado ao parente.
Por problemas já ocorridos, ou pelo reconhecimento da dificuldade em manter o ambiente profissional à frente das negociações com parentes, muitos empresários optam por impedir que suas empresas empreguem ou façam negócios com familiares, o que também pode ser uma perda para o coletivo.
Luiz Marcatti é sócio da consultoria Mesa Corporate Governance.
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1. Erros de principiante
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São Paulo – Começar uma
empresa é sempre um desafio, e quem se aventura por esse caminho está inevitavelmente sujeito a cometer erros – especialmente se é um empreendedor de primeira viagem. Uma forma de errar menos, no entanto, é tentar aprender com os erros dos outros. A rede social Quora é um bom lugar para isso. Ela funciona como um Yahoo! Respostas melhorado e tem perguntas de todos os tipos, dentre elas esta aqui: Quais são os erros mais comuns cometidos por empreendedores de primeira viagem? A questão teve mais de cem respostas (
veja aqui, em inglês), algumas delas feitas por CEOs e empreendedores de sucesso. Os melhores comentários foram selecionados pelo site
Business Insider com o objetivo de ajudar quem está começando. Navegue pelas fotos acima e veja quais são os principais erros cometidos por empreendedores inexperientes.
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2. Acreditar nas próprias desculpas
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“Se você não for totalmente honesto consigo mesmo, não conseguirá tomar boas decisões para de fato melhorar sua empresa. Você vai se esconder por trás de desculpas para si mesmo, explicando por que você precisa continuar fazendo o resto das coisas que estão na sua lista. Você não pode acreditar em todas as histórias que conta para si mesmo. É preciso ter uma dose saudável de ceticismo (o que não é o mesmo que duvidar de si mesmo) para conseguir de fato progredir.” Lucas Carlson, ex-executivo da CenturyLink.
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3. Entrar no mundo do empreendedorismo pelos motivos errados
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“Você pode se tornar um empreendedor porque sente que é o que deve fazer. Mas, se você é um daqueles que entrou nesse jogo pelas razões erradas (por exemplo: ‘Meu amigo conseguiu, então eu consigo também’), então mais cedo ou mais tarde você terá problemas.” Rajesh Setty, co-fundador de diversas startups nos Estados Unidos e na Índia.
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4. Não ficar ligado no balanço financeiro
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"Isso acontece mais do que você imagina. Você pode ficar sem dinheiro mesmo se tiver receita e lucro. Fique atento.” Murli Ravi, investidor e empreendedor.
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5. Não proteger sua propriedade intelectual
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“É de extrema importância para um novo negócio proteger sua propriedade intelectual, incluindo patentes, marcas e direitos autorais. Se a concorrência patentear seu produto ou serviço, o que pode acontecer, seu negócio pode ser obrigado a pagar taxas ou ainda ficar proibido de vender, o que pode ser fatal para uma empresa em fase inicial.” Jeff Nelson, criador do Chromebook (sistema do Google) e empreendedor.
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6. Controlar demais
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“Acho que o maior erro de empreendedores de primeira viagem que tiveram sucesso é que eles controlam tudo por muito tempo. Deixe acontecer. Deixe sua equipe fazer o trabalho dela, ajude-a, mas deixe acontecer e confie nela para fazer o trabalho.” Jason M. Lemkin, empreendedor, criador do EchoSign.
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7. Não dar atenção suficiente às vendas
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“Nós somos, em primeiro lugar, uma empresa de tecnologia focada em produtos. Se eu consigo um minuto extra no meu dia, eu sempre tendo a usá-lo trabalhando pelo produto. Como resultado, no início da empresa nós gastamos muito tempo pensando no produto em vez de sair do escritório e vender. Minha lentidão em vender teve impactos sérios, nós deveríamos ter feito muito mais dinheiro antes do que de fato conseguimos.” Anand Sanwal, co-fundador da CB Insights.
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8. Não perceber a importância do fluxo de caixa
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“Você precisa ter uma previsão de fluxo de caixa para sobreviver. Fique atento ao seu dinheiro e segure-o, porque ‘o fluxo de caixa é mais importante que a sua mãe.’” Peter Baskerville, já foi dono de mais de 30 pequenos negócios.
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9. Não ter engajamento do cliente
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“Seu cliente deve amar seu produto, caso contrário você realmente tem um problema. Se ele não ama, você precisa descobrir por quê. O único jeito de fazer isso é realmente ouvir suas necessidades e responder a elas. Certifique-se de que você está conectado aos seus clientes diariamente.” Brian de Haaff, CEO do Aha!.
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10. Confiar em seus relatórios otimistas
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“Nada está sempre bem. As coisas estão sempre dando errado. Isso não é necessariamente uma coisa ruim. Frustrante sim, mas não ruim. Em geral, quer dizer que você está crescendo. (Nós dizemos: ‘Fique feliz, as coisas estão dando errado. Estamos crescendo!’).” Greg Tapper, empreendedor do Vale do Silício.
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11. Desenvolver demais
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“A primeira visão que as pessoas têm de seu próprio produto é sempre a de uma Masserati. E em geral elas não têm ideia de como chegar lá e do que precisa ser feito. Eu sempre encorajo quem está começando a desenvolver um produto minimamente viável. Em muitos casos, desenvolver demais pode ser desastroso. Primeiro porque demora demais. Segundo porque custa muito caro, e em geral empreendedores de primeira viagem não têm nem o dinheiro nem a equipe para desenvolver algo assim. Terceiro, elas em geral desenvolvem o produto errado. Algo que não atende de fato a nenhuma necessidade e que leva algumas tentativas para funcionar.” Pek Pongpaet, criador do site Pictacular.co.
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12. Quer abrir um negócio? Veja essas ideias
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