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Como lidar com o funcionário que dá resultado, mas não obedece?

Essa é uma questão bem interessante para os empreendedores, pois coloca em cheque dois valores importantes: disciplina e resultado.

Chefe e funcionário: divisão de férias tem que ser combinada e não imposta (foto/Thinkstock)

Chefe e funcionário: divisão de férias tem que ser combinada e não imposta (foto/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 15h00.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 15h00.

O que fazer se o funcionário entrega o que é preciso, mas não respeita o horário de trabalho?

Essa é uma questão bem interessante, pois coloca em cheque dois valores importantes: disciplina e resultado. O que é mais importante? O cumprimento de regras ou a entrega dos resultados de acordo com o desejado?

Valorizar a disciplina, o cumprimento de normas e procedimentos, em detrimento da entrega de bons resultados, pode ser um entrave burocrático limitante para a empresa. Não podemos esquecer que ela vive de resultados financeiros e não financeiros também. Sem eles, não há como remunerar os colaboradores nem distribuir dividendos aos acionistas.

Por outro lado, se alguém entrega excelentes resultados com seu trabalho, mas é uma pessoa indisciplinada no que diz respeito ao cumprimento de horários, há sérias implicações no ambiente de trabalho, tais como:

1. Ser um estímulo para que os outros colegas também se sintam no direito de não cumprir com os horários e com outras regras da empresa;

2. Comprometerá a imagem da liderança, pois o grupo perceberá a tolerância da chefia com a indisciplina e isso soará como uma fraqueza do gestor;

3. E é importante ressaltar que a qualidade da entrega de apenas uma etapa do processo não garantirá o bom resultado de todo o processo, porque as etapas são interligadas entre si.

O descompasso com horários poderá causar um desalinhamento entre os setores, prejudicando a entrega final do produto ou do serviço.  Em situações como essa, a liderança deve conversar em particular com a pessoa em questão; ressaltar a qualidade que o funcionário tem, que é a entrega de resultados.

Em seguida, converse sobre o comportamento a ser melhorado, dando exemplos de situações reais que ocorreram e os prejuízos causados, e ao fim da conversa mostre os ganhos que a mudança de comportamento poderá trazer para ele como profissional e também os ganhos que a empresa terá.

Caso o funcionário não se esforce para melhorar e posteriormente não apresente uma resposta positiva, a liderança deve tomar uma atitude mais efetiva. Em alguns casos, o mais recomendável é a substituição do funcionário. Como diz o ditado popular: “o cemitério está cheio de insubstituíveis”.

Alexandre Rangel é psicólogo e coach, autor do livro "O que Podemos Aprender com os Gansos" e sócio-fundador da Alliance Coaching.

Envie suas dúvidas sobre gestão de pessoas para pme-exame@abril.com.br.

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