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Como ela ganha dinheiro vendendo pelo WhatsApp e pelo Instagram

Alessandra Ceci criou a Biella, pequena empresa que vende bolsas artesanais de tecido e pedraria pela internet e pelo boca a boca

 (Biella/Divulgação)

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Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 19 de março de 2017 às 08h00.

Última atualização em 19 de março de 2017 às 08h00.

São Paulo - Apaixonada por bolsas e sapatos, a administradora Alessandra Ceci aprendeu a fazer bolsas artesanais de tecido e pedraria e queria fazer disso um negócio. Abrir um e-commerce parecia a forma mais barata de montar a loja, mas, para sua surpresa, vender apenas pelo site impossibilitaria o negócio de existir.

Manter um site de largo alcance custaria cerca de 10 mil reais por mês. O boca a boca entre as amigas parecia funcionar melhor. Depois de vender 50 bolsas na sala de casa da primeira vez que colocou sua coleção à venda, o WhatsApp não parava de enviar notificações.

Há quase dois anos, o WhatsApp é o principal canal de vendas da Biella, marca de bolsas artesanais de Alessandra. As clientes olham os produtos no Instagram e entram em contato diretamente com Alessandra.

Mesmo tendo site, o acesso ao Instagram é maior. “Antes colocava só as fotos das bolsas, mas agora percebi que vende mais quando posto o look completo e ensino a combinar”, conta. Ela contratou uma assessoria para ajudá-la com as postagens.

A Biella vende cerca de 150 bolsas por mês, por 500 reais cada uma, em média. O Instagram da marca começou a fazer sucesso também entre lojistas, por isso Alessandra passou a vender suas bolsas para o atacado.

As clientes também perguntavam sobre os sapatos e outros acessórios dos looks postados no Instagram, por isso Alessandra pretende passar a vender sapatos artesanais, em breve.

Inspiração na Itália

Após uma gestação difícil e sem ninguém para ajudar a cuidar da filha em São Paulo, a administradora passou um ano em casa, como tantas outras mulheres que enfrentam dificuldades para voltar ao mercado de trabalho. “Não dava porque o horário era ruim, a empresa era longe ou o salário era baixo. Mas eu estava irritada de ficar sem trabalhar”, conta Alessandra.

Para se distrair, começou a fazer cursos de artesanato e se encantou pelas bolsas de tecido. Acabou adorando a ideia de colocar sua personalidade no que criava.

Foi durante uma viagem de férias para a Itália que Alessandra percebeu que precisava valorizar as bolsas que fazia. Na província de Biella, conheceu o trabalho de artesãos que vendiam bolsas feitas com sobras de tecidos e outros materiais da indústria.

“Eram uns senhorzinhos com roupa social e jaleco por cima. Eles davam valor ao que faziam e não sentiam vergonha de serem artesãos”, conta.

De volta a São Paulo, em 2015, Alessandra contratou uma consultora especializada em negócios de moda para desenvolver sua marca, por 40 mil reais. A consultora ajudou a definir desde a modelagem das bolsas até a estratégia do negócio.

“Ela me mostrou muitas coisas com as quais eu teria batido de frente e não saberia mais andar”, lembra. Toda a modelagem é pensada por Adriana, mas, para que pudesse produzir em maior escala, contratou uma fábrica de artesãos para confeccionar seus produtos.

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