Comércio: vendedora atende cliente em loja de sapatos (REUTERS/Kacper Pempel)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 11h58.
Marketing pessoal, relacional e neuromarketing: como tudo isso se relaciona com as vendas?
Escrito por Marcelo Ortega, especialista em vendas
A melhor definição de marketing que eu conheço é do Philip Kotler: “Marketing é a satisfação sustentável, percebida, dos consumidores pelos pontos de vendas, e a gestão das suas relações com os elos com a sociedade.”
Fazer um bom marketing demanda sensibilidade, conhecimento do público-alvo e mercado consumidor, e preocupação com a experiência do cliente. No entanto, poucas empresas sabem relacionar o marketing com as vendas, cometendo erros na estratégia.
Gastar muito dinheiro em um folder não quer dizer que é um bom marketing para sua empresa, pois você pode estar jogando dinheiro fora. Depende do seu modelo de negócio, quando e como este material é usado, e a quem ele é entregue. Canso de ver materiais caríssimos sendo jogados no lixo porque chega nas mãos das pessoas erradas ou desinteressadas no determinado produto ou serviço.
Fazer marketing de massa, como TV, rádio, jornais e revistas demanda um estudo de mercado, analisar o “target” destes canais de mídia e se vale a pena investir. Nos últimos anos, tenho observado que o melhor marketing é aquele que influencia a opinião do consumidor, o tornando fã de sua marca e claro, estimulando o boca a boca.
Aliás, este sim sempre será o melhor modelo de marketing e o mais efetivo para a venda. Quando seu cliente se torna promotor de sua marca, sua empresa pode prosperar e crescer a cada dia mais,
Por isso, vendas e marketing andam juntos e o vendedor precisa investir tempo neste aspecto mercadológico. Não adianta ter estoque de produtos sensacionais e uma loja maravilhosa, se o vendedor que atende não tem uma boa aparência e fala um português ruim. Isso depõe contra todo o esforço de marketing.
Os melhores vendedores que conheço, investem na sua imagem, na sua marca e no seu desenvolvimento para promover relações de consumo altamente envolventes. Quem não pensa nisso, não considera que uma empresa dependerá de seus vendedores para crescer e manter clientes satisfeitos, e portanto, põe sua imagem a perder para a concorrência com uma equipe bem treinada.
O vendedor faz marketing pessoal, relacional e ainda neural (neuromarketing). O lado pessoal está na identidade dele ou dela como vendedores que são. Presença, boa apresentação, conhecimento de produtos e serviços, linguagem que usa e como se porta antes, durante e depois da venda.
Aliás, depois da venda é que vem o marketing relacional, afinal, não adianta vender uma vez só. É preciso prestigiar o cliente comprador, ativo, estratégico. Fazer pós-venda é um marketing de relacionamento importantíssimo e pouca gente faz. Cuidar de ouvir clientes, mesmo os que reclamam, pode alavancar mais vendas, pois quase sempre que atendi um cliente insatisfeito, vendi mais para ele ou ela.
Agora, o marketing neural é também um poderoso caminho para tornar seu produto ou serviço marcante e percebido como opção de compra. Quando criamos algo que insinua nossa marca na cabeça dos nosso potenciais clientes, temos uma chance maior de retê-los ou de conquista-los.
Um perfume, uma identidade visual (cores, formas, etc), qualquer coisa que enuncie o seu negócio na cabeça do seu cliente, é um recurso valioso na influência que terá no mercado. Pense em investir algum tempo pensando nos seus diferenciais de marketing e foque em ter uma apresentação marcante, de bom gosto, memorável e que proponha uma experiência favorável aos seus clientes em potencial. Cuide disso para vender muito mais!
Marcelo Ortega é especialista em vendas, palestrante e consultor empresarial.