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Com US$ 939 mi em aportes, fintechs brasileiras crescem 34% em 2020

Já são 828 startups brasileiras trabalhando com finanças; as três maiores áreas atendidas são meios de pagamento, backoffice e crédito

Nubank: banco digital captou 300 milhões de dólares em uma nova rodada de investimentos em agosto (Nubank/Divulgação)

Nubank: banco digital captou 300 milhões de dólares em uma nova rodada de investimentos em agosto (Nubank/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 14h26.

Última atualização em 8 de outubro de 2020 às 15h08.

As fintechs, empresas de tecnologia que atuam no mercado financeiro, impulsionam o ecossistema de startups brasileiro. De janeiro a setembro, as startups do país receberam 2,2 bilhões de dólares em investimentos — desse total, 939 milhões foram investidos em fintechs. Os dados são da empresa de inovação aberta Distrito, que monitora o mercado.

Segundo um relatório divulgado pela empresa nesta quinta-feira, 8, já são 828 fintechs hoje no Brasil. De 2019 para 2020, o setor cresceu 34% no país. O número de fusões e aquisições também aumentou: foram 14 até agora em 2020, ante sete no mesmo período do ano passado.

"A América Latina possui um mercado extremamente aquecido no setor de fintechs e o Brasil é o grande destaque da região. Apesar da crise, em 2020 observamos que essas startups não foram engolidas por empresas ou grandes bancos. Pelo contrário, percebemos uma aproximação cada vez maior desses players, seja por programas de aceleração, por parcerias ou mesmo contratações", afirma Tiago Ávila, da Distrito.

As fintechs brasileiras se dividem principalmente entre 14 áreas de atuação. As três maiores são: meios de pagamento (16,3%); backoffice (15,5%) e crédito (15%). Na sequência, aparecem empresas de risco e compliance (8,8%); serviços digitais (7,1%); investimentos (6,4%); criptomoedas (6,3%); tecnologia (5,3%); fidelização (4,8%); crowdfunding (4,6%); finanças pessoais (4,2%); dívidas (2,2%); câmbio (2,1%) e cartões (1,4%).

A categoria que mais recebeu investimentos ao longo de 2020 foi a de serviços digitais, que acumulou 600,5 milhões de dólares em aportes de janeiro a setembro. Os destaques foram os investimentos de 300 milhões de dólares recebidos pelos bancos digitais Neon e Nubank. Depois, aparecem as categorias de meios de pagamento (93,6 milhões) e crédito (86,7 milhões de dólares). 

Com a chegada do Pix, tecnologia de meios de pagamento que permite enviar e receber transferências em qualquer dia ou horário, a tendência é que as fintechs cresçam ainda mais, especialmente as de meios de pagamento. “A chegada desta nova tecnologia para o segmento abre margem para inovações que vão beneficiar todo o setor”, afirma o especialista.

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