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Com aporte de US$ 22 mi, startup de logística Liftit expande pelo Brasil

Rodada de investimentos foi liderada pelo fundo Cambridge Capital; a empresa colombiana é especializada em entregas de “última milha”

Liftit: startup colombiana, criada em 2017, atua também no Brasil, México, Chile e Equador
 (Liftit/Reprodução)

Liftit: startup colombiana, criada em 2017, atua também no Brasil, México, Chile e Equador (Liftit/Reprodução)

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Carolina Ingizza

Publicado em 17 de julho de 2020 às 17h36.

Última atualização em 17 de julho de 2020 às 19h39.

A startup Liftit tem um propósito desafiador: melhorar a logística na América Latina. A empresa colombiana, fundada em janeiro de 2017, anunciou em julho um aporte de 22,5 milhões de dólares para ajudar a expandir sua atuação na região. Hoje, a companhia opera na Colômbia, Brasil, México, Chile e Equador. 

O investimento, em uma rodada série B, foi liderado pelo fundo americano Cambridge Capital, especializado em empresas da cadeia logística, como a XPO Logistics. Participaram da rodada também a International Finance Corporation (IFC), Monashees, Jaguar Ventures e NXTP Ventures. "A Cambridge Capital é a parceira perfeita para nós, por ter uma profunda experiência em logística global", afirma Brian York, presidente e fundador da Liftit. 

A empresa planeja usar o capital para aprimorar sua tecnologia de automação de entregas de última milha, em que o produto chega até seu destino final — normalmente, a casa do consumidor. Segundo York, o plano é intensificar a presença nos cinco países em que a empresa atua hoje.

Além de um escritório com 40 pessoas em São Paulo, a empresa recentemente iniciou suas operações no Rio de Janeiro e planeja expandir para Curitiba e Salvador em breve. “Vamos também seguir contratando boas pessoas nas cidades em que estamos”, diz o fundador. Ao todo, a startup emprega 300 pessoas hoje.

Com uma plataforma em nuvem, a Liftit permite que grandes expedidores de cargas se conectem a uma rede de motoristas de diversos tipos de veículo, de forma similar ao que a Uber faz. Essa rede consegue, então, executar diferentes tipos de entrega rastreada, utilizando automação e inteligência artificial para definir as melhores rotas e reduzir os custos da operação. Entre os clientes no Brasil, estão as produtoras de alimentos Heinz, AB Brasil e JJ Alimentos. 

Cerca de 5% dos motoristas da plataforma são provenientes de uma parceria da startup com a brasileira Truckpad, que gerencia uma base de mais de 1,2 milhão de caminhoneiros no país. Em geral, os motoristas parceiros da Liftit carregam os veículos pela manhã e fazem cerca de 30 entregas ao longo do dia. Semanalmente, eles são pagos pelos fretes realizados nos últimos sete dias. 

Brian York: fundador e presidente da Liftit (Liftit)

Com a pandemia, o volume de entregas diárias aumentou. “Todas as companhias de entregas estão se beneficiando da pandemia e isso inclui a gente. Tivemos novas oportunidades em todos os cinco países em que estamos”, diz York. 

Os desafios maiores para a empresa no momento são conseguir organizar essa demanda alta para os parceiros, que chegaram a fazer de 50 a 100 entregas por dia na crise, e integrar seus sistemas com os utilizados pelas empresas clientes. "É um desafio tecnológico, mas foi justamente por isso que decidimos entrar nesse mercado, pela sua complexidade", afirma o fundador.

Diferentemente dos aplicativos de transporte urbano, a operação da Liftit já dá lucro em dois mercados em que atua: Chile e Colômbia. A projeção da empresa é que nos próximos 60 dias os outros três países atinjam o ponto de equilíbrio e comecem a dar lucro. A meta é que a empresa comece 2021 lucrativa, para poder focar o crescimento sustentável do negócio. "É um bom momento para trabalhar com delivery", diz York.

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