No verão europeu de 2012, Christian Bertermann era um jovem frustrado que tentava se livrar de dois carros velhos que tinham pertencido à avó.
Bertermann, 31, especialista em internet de Berlim, tinha abandonado recentemente seu trabalho na Groupon Inc. e, junto com outro empreendedor, Hakan Koc, queria abrir uma empresa própria.
Estimulados pela impossibilidade de encontrar uma concessionária que avaliasse e vendesse os carros, eles criaram uma empresa on-line para preencher essa lacuna.
O empreendimento, que agora se chama Auto1 Group, foi avaliado em mais de US$ 1 bilhão em uma rodada de financiamento que arrecadou US$ 100 milhões no início deste ano.
Os proprietários agora estão buscando outros US$ 500 milhões em dívida e ações, pois visam uma expansão internacional.
Koc não quis comentar em quanto a nova rodada de financiamento poderia cotar a empresa, mas apontou para o fato de que as receitas mensais triplicaram para US$ 70 milhões desde a última avaliação.
A projeção da receita anualizada da companhia é de cerca de US$ 850 milhões, disse ele.
“Trata-se de uma empresa muito simples”, disse Bertermann sobre o empreendimento, que conta com a CarMax Inc. e a Manheim Auctions Inc., ambas com sede nos EUA, e também com a Emil Frey AG e a AVAG Holding SE, da Alemanha, entre suas concorrentes.
“Estamos montando uma bolsa de valores para os carros usados e aproveitamos a tecnologia para conectar os vendedores aos compradores”.
Funcionamento com dinheiro próprio
A Auto1, com sede em Berlim, avalia e compra carros usados de vendedores particulares a partir de seu próprio estoque e do de concessionárias e fabricantes que utilizam a plataforma. A empresa então vende os carros às concessionárias por um preço mais alto.
A Auto1 se diferencia da maioria dos mercados virtuais, disse Koc, porque usa dinheiro próprio para comprar e armazenar os carros até eles serem vendidos às concessionárias, o que acelera o processo para os vendedores europeus de 90 dias em média para cerca de 10 dias.
O mercado internacional para vendas de carros usados poderia valer aproximadamente US$ 1 trilhão, disseram Bertermann e Koc.
As empresas europeias de tecnologia financiadas por capital de risco arrecadaram US$ 2,5 bilhões em 264 transações durante o primeiro trimestre deste ano, lideradas pela captação de US$ 110 milhões concretizada pela Delivery Hero Holding GmbH, de acordo com a CB Insights, empresa de pesquisa de capital de risco.
O total é 98 por cento maior do que o do mesmo período em 2014 e a quantidade de transações aumentou 21 por cento.
Quase três anos depois, a Auto1 ainda conta com a Alemanha como seu maior mercado, com 35 por cento das receitas. Koc se recusou a fornecer detalhes sobre a rentabilidade da empresa, dizendo que o núcleo do negócio era rentável.
Mas eles estão gastando significativamente em expansão internacional, com o mercado dos EUA como foco principal.
O mercado de carros usados nos EUA “é bastante fragmentado”, tanto em termos de vendas quanto de qualidade dos veículos, disse James Albertine, analista de títulos da Stifel Nicolaus Co., em resposta enviada por e-mail. “Há muitas oportunidades para crescer”, acrescentou.
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1. Promissoras
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1/10 (Divulgação/Startup Farm)
São Paulo – A maioria dos
empreendedores sonha com o dia em que a sua
startup revolucionará o mercado nacional e internacional. Reconhecimento do público e de especialistas do mercado são alguns sinais de que os donos de startups estão no caminho correto. Com a ajuda de Yuri Gitahy, membro do conselho da ABStartups, Guilherme Calheiros, diretor de
Inovação e Competitividade Empresarial, do Porto Digital, Camila Farani, investidora-anjo, e Reinaldo Normand, empreendedor, EXAME.com listou as startups para você ficar de olho no ano que vem.
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2. Theranos
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2/10 (Divulgação/Theranos)
A empreendedora Elizabeth Holmes é fundadora e CEO da Theranos, startup que revolucionou o mercado de saúde dos Estados Unidos. A empresa criou uma tecnologia em que exames laboratoriais são realizados com apenas uma gota de sangue e com um custo bem inferior aos exames tradicionais. Neste ano, foi anunciada a parceria com a rede de farmácias Walgreens, que levará a tecnologia para todo o país.
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3. Hotel Urbano
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3/10 (Marcelo Correa)
Fundado em 2011, pelos irmãos João e Eduardo Mendes, o site de turismo Hotel Urbano tem diversificado a sua atuação para competir com outros players do segmento. “Ainda está cedo para saber o que sai dessa briga, mas todos os sinais indicam que 2015 irá conhecer uma empresa bilionária brasileira que não passou de cinco anos de operação”, afirma Gitahy. No ano passado, a empresa teve receitas de 450 milhões de reais e recebeu um
aporte de 120 milhões de reais do fundo Tiger neste ano.
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4. Instacart
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4/10 (Divulgação/Instacart)
Fundada em 2012, a startup Instacart tem um aplicativo que permite que o consumidor compre comida, inclusive perecíveis, diretamente dos maiores supermercados norte-americanos. A entrega da compra é feita em uma hora por meio dos colaboradores da empresa. A startup já arrecadou 154,8 milhões de dólares de investimento de investidores como Sequoia, Khosla Ventures, Canaan Partners, entre outros.
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5. Truckpad
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5/10 (Divulgação/Truckpad)
O Truckpad tem como principal objetivo conectar o caminhoneiro à carga. Por meio de um aplicativo gratuito, o caminhoneiro autônomo pode localizar a sua próxima carga ou frete. Já as empresas que precisam de caminhoneiros podem usar o app para contratar o servico e acompanhar a viagem do motorista. Recentemente, a startup conquistou o prêmio de melhor startup da Expo Winter 2014, na Plug and Play Tech Center. Além disso, também foi destaque no Demo Brasil 2014 e na Startup Weekend.
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6. Slack
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6/10 (Wikimedia Commons)
A startup Slack atua na área de comunicação corporativa e tem apenas um ano. É financiada pelo Google e já está avaliada em mais de 1 bilhão de dólares. Stewart Butterfield, cofundador e CEO da empresa, também fundou o Flickr.
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7. Mr. Plot
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7/10 (Divulgação/Mr. Plot)
A Mr. Plot foi fundada em Recife, no final de 2011, pelos empreendedores Felipe Almeida e Leandro Melo. A empresa está incubada no Porto Digital e é especializada em aplicativos para tablets e smartphones, jogos digitais e animações para que as crianças possam aprender brincando. O faturamento vem do licenciamentos de DVDs, peças de teatro e com a transmissão do programa Bita, no canal Discovery Kids e na América Latina.
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8. SpaceX
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8/10 (Jordan Strauss/Getty Image)
A SpaceX é uma empresa do empreendedor Elon Musk, cofundador do PayPal. No ano que vem, a companhia lançará o primeiro foguete reutilizável para lança-lo ao espaço. A empresa tem contratos com a Nasa e a Boeing. Um dos objetivos de Musk é enviar naves tripuladas para Marte.
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9. Sympla
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9/10 (Divulgação/Sympla)
Fundada em 2012, em Belo Horizonte, a Sympla é uma startup de venda online de ingressos e gestão de eventos. Para o ano que vem, a empresa espera faturar 50 milhões em vendas mesmo tendo concorrentes como a americana Eventbrite.
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10. Agora, leia mais sobre empreendedorismo
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10/10 (Divulgação/Los Paleteros)