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Buscador de empréstimos FinanZero recebe investimento de R$40 milhões

Fundada em 2016 no Brasil, a fintech ajuda os clientes a comparar condições de crédito em diferentes instituições financeiras

FinanZero: por mês, a plataforma intermedeia 750.000 solicitações de crédito para as mais de 50 instituições parceiras (FinanZero/Divulgação)

FinanZero: por mês, a plataforma intermedeia 750.000 solicitações de crédito para as mais de 50 instituições parceiras (FinanZero/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 5 de abril de 2021 às 10h00.

A fintech FinanZero, que ajuda clientes a encontrar ofertas de crédito, acaba de receber nesta segunda-feira, 5, um aporte de 40 milhões de reais em uma rodada com participação dos fundos suecos VEF, Dunross & Co e Atlant Fonder, que já eram investidores da empresa. Com o capital, a companhia vai aumentar seus investimentos em marketing e acelerar sua estratégia de fusões e aquisições.

Fundada em São Paulo em 2016, a FinanZero é um projeto do empresário sueco Olle Widén em parceria com a Webrock Ventures e a Zentro Global Partners. Casado com uma brasileira, Widén se mudou para o país há dez anos e, estudando o mercado local, percebeu que havia espaço para uma empresa que atuasse como um buscador de empréstimos online — modelo inspirado na fintech sueca Lendo.

Na prática, a FinanZero é um marketplace que permite que mais de 50 instituições financeiras parceiras ofereçam crédito pessoal, crédito com garantia de imóvel e crédito com garantia de veículo aos clientes que acessam a plataforma. Por mês, a fintech intermedeia 750.000 solicitações de empréstimo e recebe comissões que variam de 3% a 14% do valor total do crédito quando um contrato é fechado.

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Olle Widén, fundador e presidente da FinanZero (FinanZero/Divulgação)

Apesar de não assumir o risco do crédito, a FinanZero está sujeita a oscilações de apetite dos bancos e fintechs parceiras. No primeiro semestre de 2020, por exemplo, com as incertezas causadas pela pandemia, a empresa precisou segurar suas receitas de marketing porque o número de aprovações de crédito no marketplace caiu.

Mas, segundo Widén, a companhia rapidamente se recuperou nos meses seguintes. Como a pandemia forçou o fechamento de milhares de agências bancárias, mais instituições financeiras buscaram alternativas digitais para se relacionar com os clientes. Só em 2020, a fintech fechou 12 novos contratos com bancos e fintechs interessados em aparecer na sua plataforma. A empresa terminou o ano com redução de 50% em seu custo de aquisição de clientes e com faturamento 61% maior que em 2019.

“Olle e o time da FinanZero estão em um momento de aceleração da jornada da startup e com este capital adicional estamos confiantes que podem seguir seu caminho para se consolidarem como o marketplace de crédito líder em um dos segmentos com claras oportunidades de escalabilidade no ecossistema de fintechs brasileiro", afirma David Nangle, presidente do VEF.

Com a aceleração provocada pelo novo aporte, a fintech projeta terminar 2021 com alta de 180% na sua receita anual. Para isso, irá expandir a equipe de 50 para 70 pessoas e aumentar em 60% os investimentos em marketing offline. “Nosso plano é trabalhar com os quatro canais de TV aberta, patrocinar times de futebol e outras modalidades esportivas, como a Stock Car. Queremos ser a primeira marca quando o brasileiro pensa em crédito pessoal online”, diz o fundador.

Além disso, a fintech planeja novas aquisições em 2021 e 2022. Em fevereiro, ela comprou a concorrente Konkero por valor não divulgado. Agora, estuda outras startups que possam ajudá-la a melhorar processos internos, a aprimorar a usabilidade da plataforma e a desenvolver conteúdo sobre o mercado de crédito.

A longo prazo, a empresa deve expandir seu rol de produtos, oferecendo comparações de consignados públicos e crédito para capital de giro de pequenos e médios negócios. “Queremos democratizar o acesso ao mercado de crédito e incluindo no sistema financeiro novos consumidores que antes não conseguiam aprovação pela falta de informação e de análise dos perfis”, afirma Widén. 

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