Mais dinheiro no bolso: empreendedores querem crescer e faturar mais de 60 mil reais por ano (Dreamstime.com)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2012 às 13h20.
São Paulo – O número de Empreendedores Individuais (EI) no Brasil deve chegar a quatro milhões em julho de 2014. Hoje, são cerca de 2.5 milhões de empresários com faturamento bruto de até 5 mil reais por mês no Brasil. O dado é do estudo divulgado hoje sobre o Empreendedor Individual realizado pelo Sebrae Nacional.
O levantamento revela que o grupo de empresários é formado por homens e mulheres com idade entre 25 e 39 anos e formação completa no ensino médio. A maioria vive na região Sudeste e trabalha em casa com prestação de serviços e comércio. Ainda segundo o estudo, os novos empreendedores pretendem crescer e faturar mais de 60 mil reais por ano.
De acordo com Luiz Barretto, presidente do Sebrae Nacional, a formalização é o primeiro passo para quem quer empreender. “O fato de a pessoa ser uma boa costureira não significa que ela é boa gestora. É muito importante ter gestão empresarial”, afirma.
Mais de 90% dos entrevistados recomendam a formalização. Segundo os empresários ouvidos, as principais vantagens são os benefícios como a emissão de nota fiscal, crescimento, facilidade de abertura do negócio, acesso ao crédito e venda de seus produtos a outras empresas.
Por setor, 36% dos EI estão nas atividades de serviços e no caso das micro e pequenas empresas a porcentagem é de 28%. A participação no comércio das MPE é de 56% contra 39% dos EI. Do total, 17% dos empreendedores individuais atuam na indústria e 8% na construção civil. No caso das MPE, as taxas são de 3% na construção civil e 13% na indústria.
A participação feminina no MEI é de 46%, taxa superior em relação às mulheres nas micro e pequenas empresas. A venda de roupas lidera as cinco atividades mais procuradas pelos EI, que representa 10,4% do total e as mulheres são responsáveis por 75% dos negócios. Em segundo lugar estão os cabelereiros (7,3%), seguido de obras de alvenaria (3%), lanchonetes (2,9%) e minimercados, mercearias e armazéns (2,6%).
O estudo foi realizado entre março e abril de 2012 e foram entrevistados mais de 11 mil empreendedores em todas as capitais e em municípios de médio e pequeno porte no Brasil. O estudo também utilizou dados fornecidos pela Receita Federal até o dia 30 de abril de 2012.