Jovens empreendedores (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2011 às 10h11.
Brasília - A meta nacional de 1,5 milhão de empreendedores individuais em 2011, pactuada pelo governo federal e instituições de apoio à formalização no país, foi batida nesta terça-feira (30), quatro meses antes do fim do ano. Até a meia noite de ontem, o sistema registrava 1.503.762 registros. Ao longo de agosto, houve 103,3 mil formalizações, com uma média de 3,4 mil por dia.
“As formalizações avançam em todo o país. Há uma grande adesão porque é um bom negócio ser formal”, diz o diretor-técnico e presidente em exercício do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, ao comentar os 1,5 milhão de empreendedores que saíram da informalidade.
Segundo ele, a Lei Complementar 128/08, que criou a figura jurídica do Empreendedor Individual, representa “uma reforma microeconômica e muda a história do Brasil”.
Até meados de 2009, a informalidade na economia brasileira era crescente, lembra Carlos Alberto, ao assinalar que a partir do ano passado o ritmo de formalização se intensificou. “O ano de 2010 entrou para a nossa história econômica, por ser um marco na reversão da informalidade, quando foram registrados mais de 800 mil empreendedores individuais.”
Ele aponta a recente redução de 11% para 5% da alíquota da contribuição previdenciária como uma medida governamental que incentiva ainda mais a formalização.
Integrante do grupo de órgãos públicos e instituições responsáveis por colocar o Empreendedor Individual em prática, o Sebrae, junto com parceiros, vem promovendo mobilizações para incentivar as formalizações por meio das chamadas Semana do Empreendedor Individual.
Na primeira mobilização, em junho de 2010, foram 46.593 registros. Na segunda, em outubro, também do ano passado, foram 28.863. E na terceira, no final de junho e início de julho deste ano, foram 47.430 registros por meio dos postos de atendimento do Sebrae.
Empreendedor Individual (EI) é a forma especial de formalização de empreendedores por conta própria como costureiras e chaveiros, entre cerca de 430 ocupações que possibilitam uma receita bruta anual de até R$ 36 mil.
Eles recolhem uma alíquota mensal de 5% sobre o salário mínimo para o INSS, mais R$ 1,00 de ICMS, se atuar na indústria ou comércio, e R$ 5,00, se for do setor de serviço.
Os empreendedores formalizados podem tirar o registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), emitir nota fiscal, acessar financiamentos e participar de licitações públicas, além de garantir a cobertura da Previdência Social.