Oficina de bonecas de pano sela parceria entre empreendedoras individuais (Fernando Bizerra/BGPress)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2012 às 10h04.
Brasília - Parcerias são estrategicamente importantes para os empresários que desejam desenvolver os negócios. Duas microempreendedoras individuais (MEI) que têm o artesanato e a costura como principais atividades econômicas resolveram se unir para potencializar contatos e trocar experiências. Francisca dos Santos Araújo e Antônia Lima desenvolvem, desde julho, uma oficina de bonecas de pano que ensina a fazer desde o molde do corpo até os vestidinhos que cobrirão o objeto. Ao custo de R$ 50, as alunas aprendem o ofício e podem converter o aprendizado em uma oportunidade de negócio.
Até o momento, as sócias já realizaram três oficinas com média de 10 alunas por turma. A última ocorreu no dia 5 de outubro. Ao final, as empresárias dividem o lucro da capacitação igualmente, permitindo um incremento na renda familiar e investimento em novos materiais. As aulas são realizadas no ateliê de Antônia, em Ceilândia. “As minhas alunas se empolgaram com a oficina de bonecas e convidaram outras para aprenderem a confeccionar esse brinquedo. Para mim também foi interessante porque pude desenvolver modelagens em miniaturas para as bonecas”, comentou.
Já Francisca é atendida pelo projeto Territórios da Cidadania, iniciativa do Sebrae no Distrito Federal em parceria com a Coordenadoria das Cidades. Ela aproveita a parceria com Antônia para divulgar seus produtos em outra Região Administrativa, tendo em vista que mora no Itapoã. “O dinheiro que eu recebo aqui vai servir para melhorar a qualidade das bonecas que produzo. Se eu comprar materiais mais nobres, poderei elevar um pouquinho o preço final e com isso poderei lucrar mais”, disse. Francisca garante que sabe administrar o dinheiro por conta da participação na oficina Sebrae Empreendedor Individual (SEI) - Controlar meu Dinheiro e de um curso sobre formação de preço.
A aluna Edna Barbosa costurava para a família, mas seu conhecimento de técnicas era pequeno. Com isso, ela não se sentia qualificada para vender as roupas produzidas. Quando a amiga Antônia resolveu abrir o ateliê, percebeu a oportunidade de se profissionalizar naquilo que antes era apenas um passatempo. “Esse ofício se tornou uma renda extra para a minha família, pois antes cuidava da minha casa e não tinha fonte de renda”, explica. Agora que aprendeu a fabricar bonecas, pensa em ampliar os serviços prestados em corte e costura. “Ganhar um dinheirinho a mais é sempre bom”, completa.